O PLANETA HD 40307g - PARAÍSO ACHADO?

Este nosso planeta a abarrotar de chineses e indianos, e não só, preocupa-me, não por serem chineses ou indianos em alta percentagem, os seus habitantes, mas pelo espaço disponível neste planeta, azul por enquanto, mas com tendência para o amarelo e o vermelho fatal.

Assim estou muito contente com o astrofísico Mikko Tuomi e sua equipe, que em sintonia comigo buscava encontrar um espaço mais largo, mais espaçoso mesmo. Eu ainda não encontrei, mas busco em meio urbano apartamento, enquanto o físico busca nos astros planeta similar a este já tão apinhado. Como temos pavor do holocausto e pretendemos espirrar, tossir ou… não digo, sem molestar a condição humana, procuramos espaço no espaço. Bem, o caso é que Mikko achou! Que bom!

Não sabemos é se por lá haverá tipos como nós, mas bom seria que fossem melhores. Esta nossa raça é danada para sujar e para matar a vida, e se por lá a houver, vai tentar dizimá-la para se aboletar com o território, vai querer colonizar, fazer limpeza de fauna, flora e espécie humana se houver, ou usá-la como serva.

Falta-nos também saber que espécie de espécie humana vamos encontrar e em que estado de espírito, e estado de evolução.

Desta vez pode haver só descoberta sem conquista, apenas encontro fraternal, se os pioneiros a enviar ao planeta HD 40307g, o nosso sósia, forem missionários, em vez de militares e empresários, estes aliás já inscritos na Agencia Espacial, para viagens interplanetárias. Os cientistas irão naturalmente mas são neutros e ingénuos.

Será bom que por lá não haja petróleo, nem ouro, prata ou diamantes, tornará mais fácil o relacionamento. Quanto aos missionários a questão também não é fácil, porque como há vários deuses entre nós, qual é o verdadeiro e quais são os seus missionários? Ainda não temos os deuses unificados. É um trabalho árduo em curso, mas ainda muito atrasado.

Assim só antevejo uma solução; que os missionários sejam crianças. Elas vão chegar lá e envolver-se logo numa brincadeira pegada, eufórica e desaustinada com os parceiros que encontrarem sem olhar à cor ao aspecto ou á linguagem, porque a sua é universal.

Não será assim uma conquista, mas uma geminação. Quando nós chegarmos encontraremos o desígnio da fraternidade perseguido há seculos já realizado e não nos resta senão participar na alegria esfusiante da brincadeira, o que é uma coisa muito séria, e onde se aprende o que é a felicidade.

Nota final de meia utopia:

O planeta não é uma ficção, o resto é, mas pode ser que o não seja adeternum.

Arbogue
Enviado por Arbogue em 15/11/2012
Código do texto: T3988113
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