O dia finalmente chegou

O dia finalmente chegou. Era o momento que esperávamos com ansiedade. Cada roupa foi calculada. Cada música, cada instante. Ia pensando em como seria o encontro. 12 horas me separavam do meu primeiro encontro. Eu já o amava. E como seria o encontro? “Benzinho não vamos adiantar o encontro. Vamos agir naturalmente”. O medo surgiu. E se ele não gostasse de mim? E se eu não conseguir fazê-lo feliz? E se... Dúvidas. Uma, duas, várias. Conversamos um pouco. Nos despedimos. Imaginava: “A essa hora amanhã o que estaremos fazendo?” Imaginava mil coisas. Aeroporto. Duas horas de espera. Entrei em desespero. Cada minuto, segundo... Despedidas. Te ligo. Com voz sonolenta me responde “oi, amor”. Sua voz me acalma. Me deixa mais leve. Lembro que te amo. E digo “seremos felizes”. Primeira chamada. E lá vou eu rumo ao conhecido-desconhecido. Dentro do avião o pânico invade. Morro de medo de altura. “Poxa! Se eu não te amasse não subiria nisso não”. Mas amo. E superei. Uma, duas, duas horas em meia. Já olho pela janela do avião tendo consciência que estou cada vez mais próxima dele. Guarulhos. Frieza por fora e eu quente por dentro. Ligo outra vez para você. “Oi amor já estou em São Paulo. E você?” “Já, já estou indo”. “Te amo”. “Te adoro”. Desligo. Paro para pensar. Sempre é assim. Eu digo “te amo” ele diz “te adoro”. Queria ser amada. Ouvi ‘eu te amo’. Mas paciência é algo que aprendi a cultivar com meu amado. O sono bateu. O cansaço também. Somente o desejo de está ao seu lado me põe em alerta. São 9:00 da manhã. Meu celular toca. “Benzinho estou indo para a rodoviária, meu ônibus sai as 10:19”. “Estou aqui no aeroporto, cuidado amor”. “Terei, benzinho, você também” “te amo, te adoro”. “Te adoro”. Telefone desligado. Fico ali sozinha e ao mesmo tempo acompanhada. Acompanhada pelo amor que sinto. É gostoso amar. 10:00. Ainda falta mais de uma hora. Sono, desejo, aflição. Poucos minutos para subir outra vez no avião. Te ligo. “Já estou chegando a Floripa. A Aninha já me ligou dizendo que está me esperando”. “Vou embarcar. Daqui a pouco nos encontramos. Te amo.” “Te adoro”. Primeira chamada. “Atenção passageiros do vôo... com destino a Florianópolis com escala em Curitiba... Queiram por favor...” Finalmente. Fui com todo gás. Coração na mão, sorriso no rosto. Agora estava mais feliz. Duas horas, só duas horas me separavam de meu amor. Na imensidão comecei a me perguntar “será que ele vai está lá? Como será o encontro” medo, dúvidas. Coração disparado. Escala em Curitiba. Vôo atrasado. “Me espera amor”. Novamente no céu. E 25 minutos depois chego em Florianópolis. De cima vejo a cidade. E agradeço a acolhida. Converso com ela. “Serás em você que o desconhecido passará a ser conhecido. Obrigada”. “Senhores passageiros retirem suas bagagens de mão...” Primeiro degrau da escada. Segundo, terceiro. Olho para o lado e você está lá. Camisa vermelha. Lá no alto. Meu coração dispara muito mais. Não vejo mais nada. Tudo ao redor deixa de existir. Só vejo você. Lindo, amado, meu. Vou para a sala de bagagens. O celular toca. É você. Nunca revelei para você, mas o telefone quase cai da minha mão. Não ia conseguir falar. A mala demora. E mais uma vez o telefone toca. Digo mentalmente: “estou saindo amor me espera”. Malas no carrinho. Saio e logo te vejo. Ele me abraça. E me beija. Ou fui eu? Sei lá. A emoção me consumiu. Segurei na sua mão. E fomos. Nossa, estamos juntos. Finalmente. E pela segunda vez o amei. Agora pela sua pele. O seu olhar. O seu sorriso. Seu abraço. Que abraço gostoso. E amá-lo foi maravilhoso. Coisas simples como andar de mãos dadas. Abraçar. Perfeito. E assim Israel, me conquistasse outra vez. Primeiro foi a tua voz, lembra? Agora a sua presença. E o beijo no ponto de ônibus selou esse amor. E que beijo! Era real. É real. Te amo, Israel. Como seria no apartamento? Isso fica para a próxima. Obrigado, meu amor. Pelos momentos mais felizes da minha vida. Te amo! Sua Déa

Andréa Mélo De Almeida Farias
Enviado por Andréa Mélo De Almeida Farias em 03/03/2007
Reeditado em 02/06/2012
Código do texto: T399376
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