Tarde de domingo

Era uma tarde de domingo, estava quente e abafado, porém o sol nem se importava com isso.

Depois da agitação das semanas de férias ela finalmente concluiu que aquelas semanas de fatos, eram as férias que ela havia pedido aos céus, não havia trabalho e nem preocupações, somente prazer, o prazer de estar em sua casa em uma tarde de domingo sentindo a brisa bater em seu rosto.

Inexplicavelmente uma carta esperava para ser lida e apesar das poucas palavras que ali estavam, aquilo a a perturbou no mesmo instante.

"Já o encontrou e fugiu? Ou realmente esse alguém precisa ser descoberto?"

Aquela sensação superava o medo e se transformava em confusão.

O sol daquela tarde ainda queimava e ela ainda era só uma menina que se encantava com as borboletas do jardim e os pássaros nas árvores, ela então dobrou aquela carta, colocou-a sobre a mesa e saiu, sentou na calçada e sorriu.

Indiferentemente de encontrar um alguém apaixonante e fugir dele ou realmente não encontrá-lo, sentada na calçada, vendo as nuvens formando formas ela mesma escreveria uma carta dizendo:

"O amor não é um mistério e nem um medo, é simplesmente algo que deve ser descoberto... dentro da pessoa que supomos amar."