Vulnerabilidade sincera
Escrevo na esperança de promover a minha e a sua cura. Não por uma leitura clínica como terapeuta ocupacional, mas porque é isso que a gente faz na vida. Quase sem perceber ou, às vezes, com um compromisso distraido. Todo mundo precisa cicatrizar histórias e feridas. Histórias feridas. Fazer simplesmente virar história vivida.
Estou triste porque não tenho sentido o amor em que acredito... sinto que estou longe de vivê-lo, pois ele parece estar contido numa situação especial com pessoas especiais... e esta percepção já o contradiz, pois esse amor não deveria contemplar uma postura de abertura e aceitação a tudo e todos?
Vejo vídeos e leio ensinamentos de budismo. Me sinto acalentada, mas também frustrada pois sinto que não são aplicáveis hoje, só algum dia... e quando que essa vida que almejo vai começar? Perco-me em devaneios sobre o que fazer... são tantas e, ao mesmo tempo, possibilidades que não vão resolver meus dilemas...
Meu corpo dói. Ora o peito, ora os pés e estômago.
Nathália, você encerrou um ciclo em sua vida!
Ouvi e assimilei como verdade estas palavras. Mas o fato de não ver o ciclo redondo me angustia... há tantas arestas! Algo me diz que é preciso aguentá-las até que não me incomodem. Que tudo está certo...
Essa espera não me permite usar fantasias, ela me expõe... à minha mesquinhez, desamor e meus dramas... não há máscaras nem maquiagem ao meu alcance e nem os quero... posso sentir meu rosto e a chuva na pele.