Estamos mal habituados!

Por causa do mal hábito de alguns políticos e dirigentes em nos obrigar a participar em comícios, festas, campanhas, e outras actividades (extra-laborais) de interesse político muitas das vezes, hoje estamos como se não sabemos a importância das coisas. Já não tomamos iniciativa…

Fazendo uma retrospectiva do passado até hoje, noto que, na minha terra pelo menos, sempre que se celebra uma data importante a nossa participação no evento é obrigatória, quando seria nós mesmo, avaliando o valor do acontecimento, a atender livremente o pedido de comparência. Nos serviços o chefe obriga os subordinados a participarem sob pena de serem descontados no salário ou, sobretudo, terem negativa na avaliação de desempenho. Curiosamente, essa atitude também é implementada àquelas actividades na qual precisamos pagar para participar! Quer dizer, não pagas, não participas mas és mal visto… E muitas das vezes e com bastante tristeza, não participar, por uma ou outra razão, numa festa, pode causar um desconto no seu ordenado no valor da contribuição.

Vejamos um exemplo: a data da independência, quem não sabe da sua importância? Qual nacionalista não seria capaz de participar nas festividades? É um facto que é impossível que todos participam da mesma forma, pois cada um tem seus problemas! E digo, impossível…, porque uns podem optar por festejarem a data com sua família em casa, na praia, no campo, no parque, viajando, por exemplo. Outros até mesmo, aproveitam essa data, feriado por sinal, para resolverem algumas questões, quer pessoais ou familiares. Portanto, não precisamos obrigar ou ameaçar os indivíduos a fazerem parte. Reunir as pessoas num sítio não é difícil, as pessoas estão associadas, quer no trabalho, na escola ou mesmo em qualquer outra associação e, aí são representados pelos seus chefes. Então, penso que basta os líderes justificarem bem a actividade a se realizar e pedirem a companhia do seu elenco no acto, que eles irão... Atenção, falei companhia, porque muitas das vezes os nossos superiores exigem que apareçamos para tapar a falha deles. É mau!

Quando as pessoas não participam em actos dessa natureza, apesar de seus chefes pedirem é porque, ou não gostam do chefe ou porque a actividade não lhes convence, não há um atractivo que lhes leva a participar.

Imaginem um bom jogo de futebol, por exemplo, as pessoas que abarrotam o estádio foram obrigados a lá irem? Claro que não! São fãs e adeptos que sabem bem o seu papel, ou simplesmente pessoas que gostam de futebol. E acredite que alguns não foram ao estádio porque não gostam de futebol ou porque houve um imprevisto no momento! É normal e, ninguém lhes julga! Não é bonito, isso? Também há daqueles jogos que atrai menos pessoas! Portanto, as pessoas são assim mesmo e devemos entendê-las.

Se num comício, por exemplo, o orador fez promessas ao povo e não veio a cumprir, ou ainda falou mal, o que esperará dessa população num outro acto semelhante? - Crítica, descrédito, etc. E as pessoas para nos criticar não precisa necessariamente nos botarem na cara palavras ou outras coisas, as vezes, precisam somente não aparecerem.

Contudo, sejamos organizados e justo para sermos seguidos.

Mwéene Ndaka
Enviado por Mwéene Ndaka em 23/11/2012
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