É pra ser gentil?

Um milhão de satélites presos por aí, trazendo notícias do mundo velho, exacerbado, mais que real.

O mundo que enaltece sobre as pequenos corpos jogados em cada esquina.

Um mundo que cresce e irrompe sobre os poros de sua pele.Um punhado de fumaça rompendo as paredes dos músculos, aplicando o analgésico do pós-moderno.

Mais um milhão de satélites soltos, prestes à despencar sobre sua cabeça.Um milhão de pneumatóforos errantes, estimulando a consciência.A virtude ensaística, se perdendo em anseios de tantos outros corpos que habitam por aí.

-Um mundo não tão importante.

Os olhos enaltecidos, sobre um mundo não tão importante.Estrangeiros desmanchando no país, com olhos aturdidos, sobre um país benevolente.Assim seguem atraídos por salários impostos e incentivos fiscais; outros com tão pouca sorte acabam jogados nas fábrica têxteis.

O país das diretrizes adormecidas, edifícios crescendo e rompendo 3 km sobre o peito , com o discurso irreparável das normativas estatais.

Repartido em mil pedaços o mundo o engole.

Que lhe rachem o cranio, os neurônios se configurando, seu peito sorrindo e o mosaico sobre suas costelas.

Tragam-lhe os desfibriladores de mármore!

Os peitos frágeis; o soro anestésico que provém da tela.Os mesmos corpos agrupados; incorporando à mente manifestações miniaturizadas de características dos adultos.

Doutores sobressaltados, ditando as meretrizes da existência.

O tipo de coisa que sempre o coloca à prova.

Ed Lopess
Enviado por Ed Lopess em 27/11/2012
Código do texto: T4008263
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