Entenderemos Então

Estamos usando bem mal o dom da fala, a palavra... O verbo! Em parte pelo total desconhecimento da belíssima língua, mas muito mais pela falta de atenção, para com o outro. Para com o mundo do outro! É certo que cada um de nós tem o seu. Isto é belo! Todos querem ter o seu mundo respeitado. Perfeito! Eita! Estamos esquecendo de respeitar o alheio!!! Criticamos! Intrometemo-nos! Tentamos manipular para que se pareça um bocadinho a mais com o nosso. Claro, que me incluo neste equívoco!

Acontece que recebi a benção de descobrir meu ofício. Ofício este que me induz a observar cada vez mais, a ouvir cada vez mais... A sentir cada vez mais... A tentar encontrar uma nesguinha que seja, de lirismo, em qualquer canto. Sob qualquer desencanto! Meus amigos queridos, é bom demais, observar o universo do outro. Tentar ser imparcial. Tentar vestir a pele do outro, a visão do outro. O que levou o outro a ser o que é, ou, o que pensa que é...

Sim, é como se fosse um exercício de teatro. Tentar identificar o céu da personagem, para poder busca-la, dentro de si. Não estou querendo dizer com isso, que só vamos encontrar maravilhas, nirvanas, ou similares. Mas, amigos, vamos encontrar a verdade. Eu sei que estamos absolutamente desacostumados dela. Sei que a alguns, ela até incomoda. Ofende. Mexe demais. Entretanto, creio ser o único caminho para aprendermos a conviver em paz, com respeito e, quem sabe até, em um golpe de sorte, um vento bom, até um pouquinho de verdadeira, clara, limpa, cristalina, afeição.

Conseguem imaginar um mundo sem máscaras, consequentemente, sem enganações!!! Quanta dor seria expurgada, evitada em nosso consciente coletivo. Quanta bobagem seria desviada. Provavelmente, diminuiria consideravelmente o sangue, estupida e inaceitavelmente derramado, atualmente. Creio que será este mesmo o nosso desfecho. Posso prova-lo: todos nós nos sentimos totalmente confortáveis quando conseguimos confiar, contar com alguém. Estar na companhia desse alguém é quase um descanso...

Acredito que, em breve, nos cansaremos de representar. Seremos nós mesmos. Apenas isso: em toda a sua grandeza, com toda sua insignificância, com toda a sua singularidade. Entenderemos então, o que estamos fazendo aqui.

O final, só no original. Basta copiar o end abaixo:

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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 11/12/2012
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