Crônica de Sagat - 1° volume

Sagat, o Rei Tigre imperou em seu reino. E não havia lutadores para desafiá-lo por igual. Mesmo com tanto poder, ele é humano. E como tal, enfadou-se até ao que pode entender-se como “Perfeito”. Ele desejara algo superior do pouco que o reino pôde oferecer. Sagat, o Rei do Muay Thay, quis enfrentar outros reis; ter seus ombros erguidos novamente.

O rei desdenhava até o ínfimo prazer de sua superioridade contra Adon; o súdito-lutador que ousava tirar seu trono; e que na época, ele foi apático para quaisquer pedidos de desafios do dono de uma vasta cabeleira alaranjada.

Como rei, ele pôde tudo. E reis, ou pseudo-reis, ficaram satisfeitos; eles responderam ao convite de um grande torneio de luta. Pronto! O Rei do Muay Thay terá seu enfado fustigado pelo o belo evento contra outros reis...; outros reinos.

O enfado teve ausência suave; que por breves euforias, fora esquecido. Mas o ultimo rei, ao que ainda estava em pé, era fraco. Sagat se perguntara como esse pseudo-rei, esse representante do Japão chegara até ali; até o ultimo combate. E o enfado abatera o Rei Tigre; e, novamente, estava com os seus ombros caídos.

Ombros baixos, a voz escoa tudo o que a mente constrói; disse coisas para aquele que se denominou rei; foram palavras mordazes que o diminuiu a um verme japonês.

Aaaah palavras! É melhor ser um mercenário com a Shotgun na mão do que um interlocutor com palavras tórridas na mente.

O rei japonês questionou-se sobre sua recém condição de verme. Mas ele não suportava aquela condição; não pelo o que passara.

Por falta de opção, Sagat conformou-se com o sobrevivente enfado em seu reino. Então, seu único olho fitou para aquele verme japonês sobre os joelhos, caído, prestes a perder a consciência; - o espírito de Sagat já o dera as costas-. Não se sabe se enfado do Rei Tigre se fora naquele micro tempo... Mas uma sensação que apossara dele não o abandonou por longos anos.

O verme cresceu, ultrapassou a condição de rei; transformou-se em uma entidade espiritual; olhos vermelhos embriagados por violência.

Sagat estava preparado para tudo, entretanto, jamais para “Aquilo”. Sagat contem-se ao denominá-lo. Mas às vezes, chama-o de demônio.

Sagat envergonha-se. Pois, desejava sentir-se forte por enfrentar alguém tão ou mais forte que ele; e não ser derrotado por um ser de poder inalcançável.

Sagat sentia-se a sua vergonha dobrando-se pela a textura marcante de um grande relevo atravessado em seu peito. Sagat tivera suas importâncias reduzidas a apenas uma, a única; acabar com algoz da morte do Rei Tigre, o Rei do Muay Thay; a marca em seu peito é tão ardente..., a cicatriz feita pelo o punho de um demônio japonês.

Não importa que métodos usados para achá-lo; Sagat deseja um novo combate com ele, mesmo que morte seja o segundo passo.