Pequenas Imagens

Claro que as imagens revoltantes não são características apenas de países como o nosso ou de outros da América Latina ou de localidades remotas nas Áfricas. Podem acontecer também no chamado mundo livre e pretensamente mais civilizado. Tal como a situação vexatória, nos jornais de hoje, a que foram expostas duas mulheres, a tia e sua sobrinha, numa rua do Texas, EUA, ao serem vasculhadas em suas partes íntimas por uma policial atrás de uma guimba ou cigarro de maconha ou artefato parecido.

Até que ponto é a policial envolvida responsável pelo procedimento acintoso a que foram submetidas as duas mulheres? Ou terá sido uma questão do treinamento e orientação recebidos dos serviços de segurança locais, alinhados às leis vigentes no estado? E qual será a possibilidade de esse procedimento agressivo impedir que as duas mulheres façam uso posterior de algum tipo de droga que eventualmente não estivessem portando? Sobretudo agora, que se pode observar um uso cada vez mais disseminado das chamadas drogas leves (mas também algumas pesadas).

Não seria mais elucidativo mudar a cabeça de determinadas pessoas? De autoridades, dirigentes, juízes, governadores? Alterar certas leis retrógradas, mas em vigor, que conferem ao policial uma autoridade que nem sempre ele tem? Principalmente mudar a cabeça de pessoas que se acham no direito (conferido por um voto muitas vezes duvidoso) de se sentirem responsáveis pela segurança de outras?

Ou será mais uma vez chover no molhado?

Rio, 20/12/2012

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 20/12/2012
Reeditado em 29/03/2013
Código do texto: T4044951
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