Sempre Assim

Tenho eu a impressão de que a vida gosta de me ver furioso. Tenho que ficar irado para ela reagir e se desembaralhar na minha frente. Obviamente, da única forma que ainda não tinha imaginado... Tem que constar aqui, também, que isto só acontece, nos 48 minutos do segundo tempo... Quando a torcida já está se retirando do estádio, arrasada, triste, revoltada!!! Aí a vida aparece, com a maior cara de pau, com a tal solução impossível de se imaginar.

Amigos, ouso dizer, que até agora, sempre foi assim. O pior é que eu sempre considero a hipótese de que desta vez, não vai mesmo ter jeito. Preparo-me para o pior. Algumas vezes chego a descer para o abrigo subterrâneo... Esperando o mundo desabar... Dando a guerra por perdida.

No entanto, de alguma forma, tudo acaba se encaixando. Nunca obedecendo aos moldes sonhados. Nem positiva, nem negativamente. É como se no meio da novela, sem qualquer aviso prévio, fosse substituído o autor. Viesse outro, com estilo totalmente diferente. Tão diferente, que não fosse possível nem julgar se foi pra melhor, ou pior. Até porque, a situação é sempre a de “pegar ou pegar”!

O motivo desta crônica é que isto só acontece, depois de eu me rebelar, dizer coisas pesadas, magoadas, na cara da existência. Depois de engordar e emagrecer 36 kg! Depois da pressão arterial entrar em órbita de tão alta!!! Sim, depois de por vários dias transformar a ladeira em cachoeira!

Tem um detalhe: eu me penso inteligente. Então, invariavelmente, fico tentando descobrir, por onde a vida vai agir. Haja insônia. Não é vaidade. É necessidade. Preciso, ao menos, ter uma suspeita de para onde os fatos estão indo... Diariamente, me questiono se era isso mesmo que eu queria. Nunca é. Mas, me pergunto: dá pra encarar? Tem como evitar? Tem como consertar? Tem como esperar melhorar? Vai mesmo melhorar? E se não melhorar? Já tenho em mente o esboço de um plano B?

A única vantagem de viver sozinho. Posso reverter quase qualquer quadro, a quase qualquer momento. Se me enfezar, cato Bob, minhas poucas coisas e caio no mundo, novamente.

Fui e estou sendo forçado a treinar o desapego. Como tudo, tem um lado negativo e tem um positivo. Por excesso, overdose, de sofrimento em minha estrada, fico com o positivo. Afinal, não posso mais pousar. Há muito para semear!

Meu terceiro livro "Txai"

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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 22/12/2012
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