Coisa de Gênio

Estou aqui, quietinho em meu canto. Estou cedendo, um pouquinho, a cidade, para os turistas... Eles e eu, não podemos ocupar o mesmo espaço. Então, como são poucos dias, fico aqui na ladeira, apenas observando o fluxo. Aliás, não sei lhes explicar para onde estão indo, ou melhor, onde estão estacionando tooooooooooodos os carros que chegam à Itacaré. Tenho a impressão que lotou tudo. Que bom!

Mas, o centro fica um inferno. As ruas são poucas e estreitas. Sem semáforos! Resultado: entope tudo. Os restaurantes lotam, como tudo. Acaba tudo. Estamos com problemas de abastecimento de água. Então, do paraíso que conheço e amo, só fica o esqueleto.

O que me desagrada também, é que as pessoas vão embora sem conhecer o lugar de verdade. Sem este tumulto todo. Sei que alguns vêm exatamente pela bagunça... Mas, que fica complicado, fica.

A beleza daqui deveria ter espaço para tomar seu lugar dentro dos corações. Com calma! Com tudo limpinho... Funcionando mais ou menos direito...!!! As praias limpas. Sem a falta de higiene humana...

É um lugar raro, sim, sou suspeito a falar, por ser escancaradamente apaixonado, mas é incomum. Se tiver oportunidade, pega a gente de jeito. Mexe por dentro. Sensibiliza... É isso: é um lugar de extrema sensibilidade, ideal para os sensíveis, ou para os que estão dispostos a se abrir... A se acalmar... A ficar de bem com a vida, mediante a soberania deste mar espetacular.

Um abuso de azul, tanto por parte do mar, quanto do céu. Ambos, devidamente protegidos pelos verdes criativos da floresta. Amor antigo!!! Fico comovido em apreciar a perfeita combinação formada artisticamente entre o azul e o verde. Coisa de gênio! A perfeição levada às suas derradeiras consequências.

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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 30/12/2012
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