Desespero (BVIW)

Nem uma única ideia lhe ocorre. Tenta resolver o problema, em vão. Esforça-se, busca lá no fundo da mente uma inspiração, já que a memória lhe foge. Não adianta, já sabe que não vai encontrar a solução. Nada tão difícil, parecia. Mas, de súbito, transformou-se num gigante a atormentá-la. Levanta, procura um café, quem sabe estimule seu cérebro fatigado. Senta-se novamente e pensa. Nada, nada de nada!!! Vamos, diz para si mesma, mais uma tentativa, não é possível desistir tão cedo, seria humilhante; vamos, você consegue. Palavras diversas cruzam seu cérebro, de lá para cá, formam uma rede, em que ela se enleia; entrechocam-se como duelo de espadas, tudo inutilmente, pois nenhuma se ajusta. Está se sentindo uma tola, burra, quase chegando ao desespero. Sonolência, dez letras. Não adianta, entrega os pontos. Vai ter que recorrer à resposta no final do volume de palavras cruzadas. “Dormideira”. E ela que pensava que isto fosse apenas o nome de uma planta...

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Lu Narbot
Enviado por Lu Narbot em 30/12/2012
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