E O ANO NOVO ... existe?

Neste dia,
primeiro do mês e do ano-
segundo o calendário- acordei.
Costume que nunca perdi,
desde que nasci.
Preguiçosas,
Pálpebras a se levantar
E aos meus olhos fizeram revelar
O entorno da cama que ao meu corpo
O descanso
Deu-se a prodigalizar.
Respirei,
Sentei,
Uma vez mais o ar aspirei
Antes de pé me postar.
Tudo igual,
Como d'antes,
Nada anormal
Ou coisas discrepantes ...
Sequer, fora do preciso lugar.
Pressuroso,
Chego à janela,
Descerro a cortina
Lá fora:
A rua, os edifícios, pouca gente que passa ...
Carros, em conta escassa
Como de ordinário
Em qual quer relevante feriado.
Em fuga à rotina,
Extenso galho de árvore
Sobre o asfalto estirado.
Era tudo o que havia
De extraordinário
Neste inaugural e primeiro dia
Do mês e do ano.
Ah! a escrivaninha,
As gavetas com pressa a abrir
E conferir
Se algo de novo não tinha.
Nada!
Sim! odores já bem remotos
De coloridos fogos
Hora antes queimados.
Para além da porta do quarto,
Vozes da gente de casa-
Os matinais cumprimentos.
Monumental desengano:
Despertara para mais um outro dia.
Não entrava em NOVO ANO.








Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 01/01/2013
Reeditado em 15/01/2013
Código do texto: T4062502
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