A Eterna Alegria de ser São Paulino

A Eterna Alegria de ser Tricolor

Jorge Linhaça

Ser São Paulino é poder ver como a imensa massa dos adversários, principalmente daquele pequeno país pirata, chamado “Republica Popular ” visitar incessantemente as páginas de notícias sobre o tricolor paulista.

Acho mesmo que se não existíssemos a sua própria existência seria triste demais.

Creio que nem à página do seu time eles vão tanto...

Nada como ver os “sem história” tentarem em vão rivalizar com o Soberano do Morumbi.

Principalmente aqueles que nãoo entendem nada de futebol, e de literatura, limitando-se a à lá Vampeta ( aquele que rolou bêbado pela rampa do planalto) a nos chamar de "bambis", sem ao menos se dar conta de que, no clássico da Disney, o afeminado era justamente o gambá ( que coisa não?), que atendia pelo singelo nome de “flor”.

Coisa de quem não sabe ler mesmo, fazer o que?

Alguns nascem para serem soberanos, outros para serem vassalos invejosos e buscarem subterfúgios para “ganhar” campeonatos ou mesmo para erguer estádios com dinheiro público, às custas de conchavos com os Teixeira da vida.

O que é triste nisso tudo é que o torcedor desse time, acha natural o ilícito, orgulha-se disso, comemora sem pudor as dúbias conquistas que manchariam a história de qualquer clube sério.

Ser São paulino é saber que o manto sacrossanto não precisa de esmolas da CBF e muito menos da FIFA.

É ter disputado três títulos mundiais em finais contra grandes times e vencido as três. Queira a FIFA ou não...

Ser São paulino é não precisar unificar títulos de várias competições nacionais para ser seis vezes campeão brasileiro, é não precisar fugir de uma final com o Sport Recife e depois levar anos na justiça choramingando um título que não disputou.

Ser São Paulino é ser três vezes campeão da Copa Libertadores e ganhar o mundial após todas elas.

É ser o único Tricampeão brasileiro de fato e de direito.

Ser São paulino é ter o maior e melhor goleiro do mundo há mais de duas décadas defendendo nossas cores e marcando mais de 100 gols.

É ter sido campeão continental com um time formado de moleques, chamado de expressinho.

Ser São Paulino é ter três CTs e alugar dois deles para seleções que vão disputar a Copa de 2014.

Ser São Paulino é ver os milagres acontecerem em campo, é ser campeão Brasileiro com 1% de chances e escapar do rebaixamento em campo, mesmo quando todos o davam como certo, com muitas rodadas de antecedência.

É fechar o pior ano das últimas décadas chegando á semifinal de um campeonato continental.

Tudo isso com a força de nossa torcida e apesar dos erros crassos de nossa diretoria.

Ser São Paulino é saber que a seleção brasileira JAMAIS conquistou um mundial sem um jogador ou membro de nossa comissão técnica no grupo.

Ser São Paulino é torcer para um clube que recebeu o título de mais querido, quando em plena intervenção do governo Vargas em São Paulo, foi aclamado por todas as torcidas por entrar com seu uniforme com o nome do nosso estado. Um tapa na cara da ditadura varguista.

Ser São Paulino é saber que o nosso clube renasceu três vezes das cinzas, enfrentou vários problemas financeiros e depois ergue-se triunfante para se tornar o maior vencedor de títulos internacionais do Brasil.

Ser São Paulino é torcer por um clube que sabe administrar os seus fracassos e conquistas, que com menos de 30 anos de existência ergueu o maior estádio particular do mundo, titulo que lhe pertenceu por décadas.

Ser São Paulino é sentir-se traído com mudanças de estatuto e a má gestão do clube, mas manter as esperanças de que não há mal que sempre dure e que muitas vezes os erros servem como lição para não serem mais repetidos.

Ser São Paulino não é apenas comemorar títulos, é ter orgulho de nossa história e saber que, mesmo não ganhando sempre, um novo ano é sempre uma nova busca por novas conquistas , afinal não é à toa que somos conhecidos como o Time da Fé.

Enfim, ser São Paulino não é apenas torcer por um time, é ter orgulho de nosso patrimônio, econômico, material e moral que alguns tentam imitar, mas, como todos nós sabemos, saber que pedras de zircônio jamais serão diamantes.

Ser São Paulino é abrir mão de ser igual às torcidas rivais, ser São Paulino é acima de tudo, ser diferente.

Ser São Paulino é mais que uma paixão, é um amor que não se explica, mas que tem seu nascedouro nas glórias conquistadas e no orgulho de jamais ceder a pressões externas.

Salvador, 13 de janeiro de 2014