Dia Internacional da Mulher

Depois de uma enxurrada de mensagens recebidas, sobre o citado dia, vindos 99,9% de mulheres, o restante de alguns carinhosos amigos, li no Livro da Tribo 2007, uma mini-crônica de Raquel Lemos, com o título “Conquistas?”.

Ela questiona essa propalada (in)dependência que nós mulheres conquistamos, através dos movimentos feministas.

Toda conquista tem um preço. A liberdade e a independência vieram acompanhadas de mais atribuições e responsabilidades, muitas das quais, antes dividíamos com companheiros.

Assim sendo, diminuíram as responsabilidades e encargos masculinos. Com a nossa maior liberdade e independência, permitimos mais espaço para a omissão do elemento masculino nas responsabilidades de família.

Afirmar que não precisamos do elemento masculino, me faz lembrar da fábula da Raposa e das Uvas Verdes.

Afirmando que se não fôssemos nós mulheres, eles não existiriam, não podemos esquecer que a recíproca é verdadeira. Tanto homens como mulheres, são oriundos do encontro de um óvulo e um espermatozóide, ainda que este não aconteça durante um ato sexual.

Não vejo como progresso, usarmos nossas conquistas para rivalizarmos com os homens. Isso divide. E, eu penso que só conquistamos verdadeiramente, quando somamos. E, finalmente, se foram criados dois sexos, é porque ambos são necessários e devem conviver numa interdependência saudável e criadora.

Desejo que tenhamos sempre, homens e mulheres, FELIZES DIAS!

10/03/2007