VERVE HISTRIÔNICA: TER OU NÃO TER?

Quarta-Feira, 23 de Janeiro de 2013

VERVE HISTRIÔNICA: TER OU NÃO TER?

A propósito de uma brincadeira na minha página do Facebook, onde citei que a minha verve histriônica, quanto mais passa o tempo, se desenvolve e aumenta, busquei no Google matéria para ilustrar o comentário que postei lá. A matéria citava o Paulo Francis, já falecido. E também o Arnaldo Jabor.

De antemão, declaro que nunca gostei de ambos. E não me venham perguntar porquê. Uma certa vez até conversei com o segundo. Papo rápido. Era sobre a eleição do Lula para presidente, no pleito em que acabou vencendo o Fernando Henrique.

Naquela oportunidade, o Jabor falou-me que se o Lula vencesse aquela eleição, ele sairia do país. Daí que eu lhe disse para que já aprontasse a mala, porque o Lula, dessa vez, venceria a eleição. E assim se deu. Só que ele não cumpriu sua afirmação. Vida que segue.

Mas com relação a certos personagens públicos e famosos, como esses dois, confesso-lhes ter muita resistência com essa gente, apenas pelo histórico de vida que eles se nos apresentam. Qual seja: oriundos de famílias abastadas, com plenas condições de lhes dar toda a sustentação na vida, permitindo-lhes estudarem nos melhores colégios e universidades, alcançando o plano que lhes é destinado desde seus nascimentos. Assim fica fácil.

Alguém criou uma brincadeira para sacanear essa gente, quando dizem que eles, quando guris. "jogaram bola de gude no carpete da sala"; "soltaram pipa no ventilador da casa" e "pescaram no aquário desta mesma casa". E eu acrescentaria: usaram "tenis Bamba cano alto" e só colocavam a cabeça para fora do portão de suas casas".

A meninada considerada pobre do bairro, principalmente dos bairros longínquos da cidade (e esse era o meu caso), pescaram muito barrigudinho nas valas (e rãs, também), jogaram muita bola nos campinhos de chão batido e poeirentos e soltaram muita pipa na rua, com direito a usar o antigo cerol de linha, para "cortar" as outras pipas no alto.

No meu caso, tomei muito banho de rio e lagoa em Anchieta. Também, em grupo de cinco ou seis, roubei muita fruta em quintais de vizinhos e passei muita carona no poeira do bairro (cinema). Isso sem contar as famosas brigas com a turma da outra rua no bairro. Mas, no fim, salvavam-se todos, felizmente. E ainda, de quebra, tomei muita carona nos trens da Central do Brasil, com direito a andar pendurado no reboque do trem, lá no final deles. Era arriscado, claro.

Felizmente a vida não chega a possuir uma regra rígida para beneficiar só aqueles oriundos de famílias abastadas. Alguns oriundos da pobreza também conseguem se destacar publicamente, mesmo que sendo exceções, como o recente caso do Sr. Lula, que de origem pobre e nordestina, alcançou o cargo máximo de um país, o de Presidente da República.

Talvez esteja aí o consolo e, principalmente, o exemplo, para que todos almegem alcançar a glória, independente de suas origens. Afinal, dizem, "o sol nasceu para todos". E, aqui, eu completo: É só acreditar que sim!

às quarta-feira, janeiro 23,

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 23/01/2013
Reeditado em 24/01/2013
Código do texto: T4099926
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