CRÔNICAS DE UMA CIDADE GRANDE

CRÔNICAS DE UMA CIDADE GRANDE

Duas amigas.

Era uma velhinha até simpática a que sentou-se ao meu lado, em um shopping, em Curitiba. Magra, alta, óculos combinando com o seu rosto, bem trajada e que demonstrava preocupação, pois estava sempre olhando para os lados, à espera de alguém com encontro marcado.

Não demorou muito e já estava com seu celular em mãos. Discou um número.

- Alô! Alô! Alô! – insistiu ela.

- Onde você está? –deve ter perguntado a outra.

- Eu estou aqui, em frente à loja Tanara! – respondeu.

- Alô! Alô!

A que estava sentada e à espera da pessoa, olhou prá cima e à sua frente estava a pessoa esperada, também com o celular à mão. Não acreditou. As duas senhoras frente à frente, falando ao útil aparelho. Foi até engraçado.

Conversaram alguns instantes, depois de desligarem os ditos cujos, e seguiram em frente, talvez conversando sobre às “travessuras” da vida, em um shopping no domingo à tarde.

Questão de educação e conscientização.

Qual a utilidade das faixas de pedestres pintadas nas ruas das cidades? Para deixar os pedestres passarem. Certo? Nem sempre.

Na minha cidade, e na maioria delas, não servem para nada. Só as que ficam perto dos semáforos que são respeitadas. Mas também... As que ficam longe de tais instrumentos não são respeitadas. Se bobear passam por cima de você.

Pelo que observei, aqui nesta cidade grande, fiquei supreso: os motoristas param e, com tranquilidade, esperam você passar e vão em frente.

Questão de educação, conscientização e cultura!

Nos ônibus.

Apesar de meus cabelos brancos e minha idade (61 anos) não me sinto idoso. Mas ao entrar no ônibus, nessa grande cidade, jovens gentilmente me cederam seus lugares.

- Pode sentar-se aqui, meu senhor!

Meio que constrangido eu sentei e agradeci à jovem.

lmorete
Enviado por lmorete em 24/01/2013
Reeditado em 24/01/2013
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