Mãos à obra!

Ontem à tarde senti saudade de pessoas queridas que estavam distantes... Senti como se os ponteiros aveludados do tempo banhassem-me com beijos atemporais... Uma nostalgia invadiu-me... Então antes qu’eu mergulhasse nas vagas de meu peito, decidi arregaçar as mangas e cuidar de minhas plantas que estavam um tanto esquecidas.
 
Amo plantas! As que ganhei, as que cultivo desde pequenos brotinhos e as
que vi aparecerem em meio às outras, trazidas pelo vento...
Elas alegram nossas vidas, perfumam o ar, debruam nossos olhos com suas formas e nuances tão particulares, sem falar no cheiro da terra... Ah... O cheiro da terra...
 
Conhecer a terra pelo toque, pelo cheiro, é importante.
Logo ao revolver a terra de um dos vasos, notei que as raízes estavam ocupando muito espaço no vaso, tirando o lugar da terra, não permitindo a plantinha se desenvolver.
 
Faltava nutrientes, a terra estava seca, dura, argilosa. Não havia muito a dar para a planta. Aí veio a parte difícil, ter que cortar as raízes... - Difícil pelo fato de cortar algo que não me pertence, digo, que poder tenho eu para amputar as raízes (membros) de um ser vivo? Seria eu um deus qualquer com garras afiadas, disposta a sair dilacerando as memórias de inocentes?
 
E antes que eu desistisse da empreitada, resolvi pegar a serrinha (aquela pequenina) para cortar as raízes. - Pensava que assim não causaria tanto trauma à plantinha.
 
 Mas as minhas tentativas foram em vão... Precisei mesmo pegar o serrote.
- Aff... Só não fechei os olhos para não ver o que estava fazendo, com medo de serrar a minha mão. ( a pessoa aqui tem mesmo pobRema... rs )
 
Bem...  Feito isso, foi preciso separar a terra das raízes.
Ainda que a terra não estivesse em boas condições, resolvi salvá-la de uma forma muito simples, misturei-a com cinquenta por cento de terra da composteira e dez por cento de areia para deixá-la fofa.
 
Minha composteira não é nada linda e também não tem nada de espetacular, bem pelo contrário, fiz uso de um tanque desses de concreto que estava sem utilidade.
Coloco nela as sobras de terras dos vasos, faço um buraco no meio da terra e deposito todas as cascas de verduras, frutas, ovos, folhas, enfim... Cubro com terra e volto para revolvê-la uma vez por mês. ( Não exala odor algum, apenas de terra boa, quando vou manuseá-la )
Ela é a melhor terra adubada que tenho, inclusive nela vivem muitas minhocas, ótimas produtoras de humos para as plantinhas.
 
Todas as terras e areia utilizadas foram peneiradas e bem misturadas, dando um aspecto de terra fofa e homogênea.
 
Ontem trabalhei em seis vasos grandes e quando terminei já era noite, então ficou faltando o banco do jardim que pintei hoje.


 


Não ficou bunitinho? Adoro tocar violão aqui J
 

Ah! No fundo de cada vaso, coloquei britas grossas e médias (na falta das pedras cascalho) para a boa drenagem da água.

 



(Nesse vaso, tenho uma mudinha de violeta abrindo flor. Ganhei essa violetinha de uma amiga)


 
Ainda ficou faltando trocar a terra dessa mudinha aqui, mas essas florzinhas parecem sempre tão envergonhadas, com suas pétalas para cima e seus miolinhos para baixo, que decidi deixá-las para outro dia rs.


 




 

É... No final acho que fizemos um bom trabalho... Sim, digo nós, pois tive a excelente e indispensável ajuda dos meus bravos guerreiros, que não tiveram medo das minhocas rs, Léo e Letícia, que fizeram a maior bagunça com a terra! rs. Só eu sei, Jejuis! rsrs...

 
Ah... Que delícia ver seus sorrisos... Bom demais!!!

 
Ah! Já ia esquecendo de contar, enquanto Léo e eu iamos arrumando os vasos, Letícia, com o microfone na mão e fazendo pose, ia nos entrevistando:
- Denise, o que você acha do serviço de jardinagem?
- Léo, você não sente nojo em mexer nas minhocas? 
- Vocês acham que terão um bom resultado?



 
Posso com isso?? Que fofaaa!!! 




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DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 25/01/2013
Reeditado em 25/01/2013
Código do texto: T4104521
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