Mulheres modernas: auto-estima em alta, perigos à vista!

Mulheres modernas: auto-estima em alta, perigos à vista!

Estava tomando banho no hotel aqui em Concórdia enquanto “ouvia”, (a televisão ou o rádio ligados em volume alto são companhias para quem esta só), a Ana Maria Braga ler um texto cujo conteúdo me fez pensar.

Pesquisei e em alguns sites a autoria é atribuída ao Arnaldo Jabor. Como não o achei em seu site oficial nem em seus livros, acho por bem não afirmar ser ele o autor do texto, todavia o Brasil esta cheio de mentes espertas, de pessoas inteligentes e de boa expressão, muito embora custem para ganhar fama neste País que pouco valoriza a cultura.

Aqui se valoriza o futebol, o carnaval, o balanço dos quadris das mulatas, os bumbuns malhadinhos e os seios rijos de quem os “adquire” ou é considerada “abençoada” por Deus por ter, naturalmente, tal atributo (é incrível, mas ninguém diz que uma mulher é “abençoada” por ter garra, auto-estima ou um cérebro ativo).

Coisas de Brasil, ou melhor, coisas de um mundo superficial cujos valores se perdem em meio a um turbilhão de futilidade, de valorização do supérfluo, enfim, daquilo que o dinheiro compra, que o Pitangui “arruma”, mas que o tempo (esse benéfico Deus dos que desejam crescer em sabedoria) arruína.

Pois bem, faltando um dia para o dia internacional das mulheres a Ana Maria falava sobre “Como ser homem e não ser traído nos dias de hoje” (faço minhas as palavras de uma grande amiga ao afirmar que a “Ana Maria é cultura”, afinal faz companhia para muitas mulheres que não tem com quem dialogar de manhã cedo). Cultura, na verdade, existe em tudo que faça pensar.

O texto fala do risco cada vez maior do homem ser traído por sua namorada, esposa, companheira- por sua “mulher moderna”, que, por sua vez, é aquela que se ama acima de tudo, que batalha por sua independência financeira, que é corajosa, amiga, parceira, confidente, inteligente, humorada e amante. E, além de tudo, é sentimentalmente independente - ela ama a você porque ama, livremente, ela não precisa de você!

E, assim o autor do texto conclui que cabe ao homem impedir a “corneação”, não deixando sua parceira insegura, afinal se outrora ela chorava, hoje ela traí, sem dó nem piedade. É preciso que demonstre a ela o amor que sente, porque assim ela jamais vai dar bola para os homens que arrastam “asa” para seu lado.

Ora, basta inverter a conjetura: Homem “sem assistência”, também dá “trela” para a concorrência, por outro lado, aqueles que se sentem (bem) amados, que tem na mulher que esta a seu lado uma excelente parceira, amante e amiga, não dão vazão para situações que coloque seu relacionamento em risco, afinal tem motivos de sobra para querer manter seu relacionamento, literalmente, amoroso.

Mulher mal-amada é mulher perigosa (na verdade ser humano mal amado é perigoso, homens e mulheres, enfim), ainda mais nos dias de hoje em que ela não depende de seu dinheiro para se manter. Mulher moderna, mulher que se ama e valoriza, se desgosta de quem não lhe valoriza e, por isso, enquanto não te manda “passear”, pode, muito bem trair. Trair por raiva, e traí porque, talvez te ame, mas se sente carente e antes de colocar um fim na relação que “apostou” ela busca em outro alguém um elixir para sua carência. Busca o amor que você esqueceu de dar.

Disse o autor: “Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol...) mais do que duas vezes por semana, três vezes então é assinar atestado de "chifrudo". As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto elas são categoricamente "cheias de amor pra dar" e precisam da "presença masculina". Se não for a sua meu amigo... bem...”.

Alguma mulher discorda? Creio que não, por isso transcrevo o seguinte, também, retirado da crônica: “Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres. Sabe aquele bontão que, você sabe, sairia com a sua mulher a qualquer hora. Bem... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece...Quando você reparar... já foi.”

Concordem ou não, creiam ou não, eu digo: Não adianta ser hipócrita, pode ser que a mulher não venha a lhe trair por ter princípios e dogmas morais demasiado arraigados, todavia, o certo é que surge o desgosto. E este leva, invariavelmente ao desamor. E, pense bem, será bom perder o amor de uma mulher adorável por falta de zelo? Quem não cuida das finanças, vai à bancarrota, quem não cuida de quem ama, ora, ora: acaba só.

Por isso, hoje, na véspera de nosso dia eu escrevo dizendo que mulheres modernas, altruístas, donas de si mesmas, cheias de amor para dar, inteligentes, cultas, meigas, mulheres que te satisfazem dentro e for da cama, sexual e espiritualmente, devem ser valorizadas, cuidadas, amadas.

Penso, parafraseando, Jobim que “é impossível ser feliz sozinho”, então para que desperdiçar um amor? Por orgulho, por medo de demonstrar o homem encantador e amável que és? Isso é machismo, e os machistas hoje em dia, costumam se tornar “cornos”, ou, simplesmente, “machões” mal-amados, turrões e solitários.

Acabo esta crônica fazendo minhas as palavras atríbuidas ao Jabor: “Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão "quem não dá assistência, abre concorrência".Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas "mancadas"... proteja-a, ame-a, e principalmente, faça-a saber disso.

Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele "bonitão" que vive enchendo-a de olhares... e vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!!!”.

Cláudia de Marchi

Concórdia, 07 de março de 2007.

Cláudia de Marchi
Enviado por Cláudia de Marchi em 14/03/2007
Código do texto: T412847