COMPONENTE EM EXTINÇÃO


Tenho notado que está em falta no mercado um componente básico para a cultura, a educação, o trabalho, o bem estar, as conversas, os projetos, os relacionamentos, e até para o desenvolvimento de uma nação.
 
Não sei se tal fato é devido à escassez – aliada à má qualidade – da matéria-prima para a produção do citado componente, o que acaba por encarecer demais o produto final, fazendo assim com que sua produção seja deixada de lado ou, até mesmo, desencorajada.
 
Mas está muito difícil conviver com isso, haja vista o lançamento cada vez maior de componentes sem a mínima qualidade, em substituição aos verdadeiramente originais, mais antigos, e que vão rareando com a passagem do tempo. E, quando é necessária a  substituição, uma vez que nada é eterno, a busca por um desses raros componentes torna-se uma tarefa árdua, nem sempre com final positivo.
 
O pior é quando se reúnem vários desses componentes. Aí é um Deus nos acuda, pois aqueles que ainda possuem uma boa qualidade ficam sem chão, minoritários que são no meio daquela balbúrdia. E nem estou falando em qualidade total, pois aí já seria querer demais.
 
Pois é, meus amigos, o componente ao qual me refiro é o cérebro, aquele que comanda todas as nossas ações, nossas escolhas, nosso comportamento, enfim, toda a nossa vida, do começo ao fim da jornada.
 
E, infelizmente, quase não mais o vemos por aí. Na verdade, não o vemos mesmo, pois ele fica dentro da caixa craniana que parece estar cada vez mais vazia, oca ou até mesmo em vácuo, sugada que foi pela mediocridade dos tempos atuais.
 
Não vejo motivos para citar exemplos, até porque, com minhas divagações poderia causar mágoas em alguns descerebrados que existem às pencas por aí, mas que se acham os reis da cocada. Pensem só um pouquinho e encontrarão um bocado de exemplos e situações que confirmam esta minha teoria.
 
 
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