ENFIM
Era segunda de carnaval,
Onze dias do mês de fevereiro...
Lembro-me bem como se fosse agora
Noite sem luar, apenas a TV no ar,
E o exuberante desfile das escolas de samba
Do grupo especial do carnaval do Rio de Janeiro
Rolando na tela para poder nos alegrar;
Madrugada adentra, e o sono veio a nos pegar,
Como de olhos fechados não tem como enxergar,
Então nos adormecemos entre sonhos coloridos
Devaneando imagens em imaginações
Tele-transportadas d’um presente futuro,
Para o futuro presente na consumação do sonho...
Mas quando o enigma se dirigia para seu ápice
De concentração heterogenia, tibum... Mergulhei,
Como num túnel do tempo, flutuante me vi
N’outra dimensão a viajar, e o pior... Sem escala,
Quando me aterrissei, d’um espaço a outro
Senti-me astronomicamente veloz como um raio,
Deslizando sobre as línguas das belas cores
Expostas em meio às constelações imaginárias...
Foi quando me deparei com Meg atirada ao chão,
Logo me posicionei ao mundo real, por uma cena
Que não foi nada legal, pois Meg havia sofrido
Uma torção no pé esquerdo e estava chorando de dores,
Logo tomei os devidos cuidados, mediquei-a,
Com anti-inflamatório, e apliquei bolsa de gelo no local
Para evitar o inchaço, após algumas horas...
Deixamos o paraíso das montanhas e retornamos a Chalé,
Nosso carnaval perdeu a cor e Meg perdeu seu humor!
Mas, com fé em Nossa Senhora, em pouco menos
De vinte quatro horas, Meg teve por completa sua recuperação,
Com o passar de uma semana ou pouco mais,
Voltamos àquele belo paraíso de paz, colorido de flores
Que adornam seus campos e pássaros soltos que sobrevoam
A cantarolar enfeitando as asas do ar...
Lindas cachoeiras de águas cristalinas para se banhar,
E o cheiro do mato espalhado ao vento pra se respirar...
Portanto, até hoje passamos nossos belos dias desfrutando
Desta distinta vida acolhida pelas belezas da mãe natureza!
Autor: Valter Pio dos Santos
Fev-2013