Picuinha

Picuinha

Certamente, o fato de nos prendermos a picuinhas nos leva a dissabores e nos impedem a elevação moral e espiritual. Isso independe de credos ou dogmas aceitos.

Amar o homem sem sentir a reciprocidade do gesto generoso, é fantástico. Admiro quem o faça mas e humilhante para mim, indolente comodista.

As vezes me pergunto em que estou contribuindo para o bem da humanidade. Sei que vivo cada momento procurando não fazer o mal a meu semelhante, ajudando aos com quem convivo da maneira que posso e reconheço cada olhar, cada gesto não esquecendo um sorriso que a mim e dedicado.

Decerto, faço mal a algumas pessoas quando o jogo de interesses acontece e a busca do bem de todos os envolvidos pretere a mim. Sinto. Isso ocorre em infinitos momentos de nossa existência.

Não podemos deixar de esquecer que viemos ao mundo causando dores e sem procurar diminuir a dor de ninguém, pois é o parto, o cume da violência que é a gravidez, estado em que um corpo estranho esta alojado em outro. Isso de maneira prática e objetiva é o que ocorre. Além dos interesses em nível consciente ou inconsciente, esse estado pode vir a ser um ato de amor, pelo homem escolhido para gerar, pelo ser que virá, e na pior das hipóteses por sí próprio.

Portanto, somos seres causadores de dor. Assim sou, assim cada um é. Resta-me,então, ter compreensão, colocar-me no lugar do outro ao invés de ficar preso a picuinhas e melindres com tudo. A vida passa, e muito rápido, o tempo urge que vivamos da melhor maneira que pudermos e com o nosso real, não com o ideal. Vivo com cada ser humano que convivo como se fosse o último de nossas vidas, digo o que penso, sou o que sou e amo infinitamente desde que não seja uma relação unilateral. Isso se aplica aos meus amados alunos, aos meus parentes, ao meu namorado,aos filhos dele, as minhas filhas,aos meus amigos e a humanidade, em geral.

O bonito dos intelectuais de hoje e não ter compaixão da humanidade. “Basta dar um tijolo para alguém subir e ele demonstra quem realmente e.” Atente que me refiro a intelectual, n ão somente os pós-graduados. Num pais desgraçadamente pobre e analfabeto todos nos com algum discernimento e politização somos intelectuais.

Bem, isso é conversa prá outra hora.

Azar meu, que tenho, e nada faco.

Vera Bayerlein
Enviado por Vera Bayerlein em 15/03/2007
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