Personagem estereótipo
Ontem estávamos, eu e outro rapaz, este com uma menina na garupa de sua moto, e eu sozinho na minha. Procurávamos o endereço de uma firma a qual poderia contratar essa moça.
Por eu não ter certeza do endereço, não reconheci o prédio, me perdi um pouco. Parei algumas vezes para conferir as características dos edifícios, tentei telefonar, mas não deu certo, e continuamos a busca.
De repente nos vimos perseguidos pela viatura da guarda de trânsito, em uma abordagem até tranquila. Porém quando estávamos estacionados em um lugar, tentando entrar em contato com o empregador, eles chegaram. Eu questionei o porquê da perseguição, eles nos relataram exatamente todos os nossos passos.
Achavam que estávamos programando algum crime, pois tínhamos o aspecto dos estereotipados de bandidos, estigmatizados por não sermos “arianos” e não estarmos dirigindo camionetes.
Esses senhores foram, no mínimo, imprudentes, pois, não cabe a eles esse trabalho e sim à polícia militar.
Se fôssemos os bandidos que eles pensaram, eles estariam em franca desvantagem, pois nem estavam armados e nós estaríamos.
Não é a primeira vez que isso me acontece, de ser confundido com bandido.
Prometo que da próxima vez que nascer, vou pedir clemência a Deus e nascer branco e, se possível, filho de uma família rica.