A busca

Buscamos explicação naquilo que já conhecemos, sinistras explicações. São estas explicações que nos prendem e nos impedem de ver o novo e perceber algo além daquilo que já sabemos e nos faz apequenarmo-nos diante de uma realidade irreal, restrita e pobre.

Sonho um sonho que não sonho só.

Quando abrimos a nossa percepção liberamos a nossa mente. Solta ela vai buscar fundear os seus conceitos em coisas novas e nos auxilia, assim.

Tudo muda simultaneamente, como um caleidoscópio. Quando tentamos manter presa uma imagem, prendemos a nossa vida em algo que já está morto. Este algo apodrece, nos empobrece e nos torna reféns.

Quando percebemos que somos movimento, compreendemos que as mudanças do mundo seguem padrões diferentes dos padrões que conhecemos.

O que é agora não necessariamente será a mesma coisa depois.

Quando me conecto inteiramente com o presente e vivo este presente de forma intensa e constante, dou espaço para que o todo se manifeste através de mim, não por que eu esteja ligado a algo, mas por que exatamente ao contrário, estou desligado de tudo.

Livre a mente faz o seu trabalho. Leva e traz para nós aquilo que precisamos saber para sermos, naquele instante fecundo o que precisamos ser para alcançar o próximo estágio.

No início é necessário um esforço intenso para alcançar este movimento, mas com o tempo ele se torna tão intrínseco que passa a fazer parte da nossa essência.

O meu sonho mostra o movimento das partículas e como elas compõem o universo ao nosso redor. Muito mais do que isso, elas nos comunicam e nos conectam entre nós. Quando olhamos para elas como a nossa realidade elas se destacam e somos um só.