A violência e o Homer Simpson

Violência, um mal que avança.

Hoje fiquei me perguntando: a violência cresce? Ou aparece? Está crescendo ou agora é que está aparecendo?Talvez um pouco dos dois, não? Na atualidade temos muito mais informação, mídia, palestras, trabalhos, simpósios e todo o tipo de esclarecimentos.

Todos somos vulneráveis, mas existem grupos com mais vulnerabilidade como os idosos, as crianças e adolescentes, as mulheres. Vulnerabilidade é a sujeição constante ao preconceito e à discriminação independente de outros fatores.

A violência é cultural. Um jeito de pensar. Um jeito de desconstruir. Se uma formiga morde teu pé, tu tiras a formiga delicadamente, dá um tapa na formiga ou tu pegas a formiga coloca debaixo da pedra e pisa, pisa, pisa ? Ainda pensamos que se controla violência com violência.

Temos mentalidade de rebanho, todos querem que a sociedade mude, queremos menos corrupção, menos sujeira, mais saúde.. Mas eu não faço nada para mudar isso. A sociedade capitalista parece pulsionar (mexem com o desejo, mas mantém o impulso anestesiado).

Não adianta só ler e estudar a legislação por que ela é perfeita. Bem construída. Mas vai adiantar de que?

Um indivíduo quando ganha um fuzil e vai para o semáforo assaltar/nesse momento, ele passa a "existir"; passa a existir socialmente, na forma de chamar a atenção e dizer : " tá me vendo agora? Eu estou aqui, eu existo" !

A rede que trabalha com a criança é necessária, é preciso formar redes, mas precisamos desvincular a idéia de " ado, ado, ado, cada um no seu quadrado". A rede precisa passar por alternativas de construção de vida para combater a violência. A construção não é mais característica do indivíduo. Tu copias tudo. Tu aceitas tudo.

Ligar-se ligeiramente é a ordem do dia (namorados ficam); a velocidade e não a duração é o que importa. A sociedade é excludente - gera condições para a violência. Ninguém é violento por que é pobre e sim, a exclusão gera condições para isso.

A rede não funciona se for constituída por organismos, a rede se caracteriza e funciona com pessoas. As pessoas podem representar um organismo.

William Bonner( do Jornal Nacional) nos chama de " Homer Simpson", chama o povo brasileiro de Homer Simpson; isto é, vida rotineira, não quer pensar, quer encontrar tudo pronto, ele só recebe informação, está cansado.

Somos mesmo Homer Simpson?

Rejane Savegnago
Enviado por Rejane Savegnago em 09/03/2013
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