Adios Chaves

ADIOS CHAVEZ

Já peguei a caneta por varias vezes, mas desvaneci, e por mais difícil seja, falar de alguém que não é nada mais que a própria historia de uma Pátria, aquele ques trouxe aos venezuelanos o orgulho de serem filhos de uma grande Nação, ele era a própria cor da bandeira de um povo feliz...

Hugo Chavez, ou simplesmente Chavez , como conhecido internacionalmente. Polemico, inquieto, às vezes arrogante como todo gênio, corajoso. Ele soube desafiar como ninguém os cartéis internacionais do petróleo, fazendo valer o voto grande de um pequeno pais. Chavez era forte, destemido, capaz de declarar guerra seja a quem fosse para defender a sua gente. Ele era para a Venezuela o mesmo que Lula para o Brasil e Lincoln para os EUA, Conhecia como ninguém os efeitos das diferenças sociais, por ter sido fruto dessa infame mutação da genealogia social e política dos povos. Ele estabeleceu conexões com todas as classes sociais e seu populismo, se tornou fenomênico, destilava sutilezas gentis nos tuneis remotos e esquecidos da pobreza. Evitava o subjetivismo e tornava as ilhas do esquecimento em uma incrível sucessão de pontes que podiam não ser solucionaticas, mas que levava a esperança, a vida, o amor...

Ainda outro dia eu vi na Globo uma comentarista Econômica, fazendo alusões sobre Chavez. Ela dizia que ele não fora um bom administrador. Talvez não pela sua otica ou por tantos economistas por esse mundo a fora que pregam a fome, através de pacotes fenomênicos cujos superávit enriquecem pessoas que nem sequer precisam, mas que negam um pão a cada habitante desse Estado imaginário. Felizmente, para nos brasileiros e para os venezuelanos essa pessoa não é ministro da economia, pois fosse, estaríamos numa criminalidade ainda maior.

Às vezes se falam em copiar programas, o que é isso? Não existe um parâmetro inovado ou não para retirar pessoas da miséria absoluta e da fome. Deveria ser como se fosse a primeira vez, o prazer de sempre. Os parâmetros da economia têm falhado constantemente, assim como no caso do Brasil, um pais sem jeito que, de repente pagou a sua divida externa e ainda emprestou dinheiro ao FNI. Como podem explicar economistas comentaristas? Eles não são capazes de falar de Chavez, porque ele foi tudo para a Venezuela que chora intermitentemente a perda, o que me leva a perguntar: Qual a relação entre as perdas e o prazer, entre o desespero e a tranquilidade? E os grandes políticos da historia, quem deles construiu vielas a cada momento existencial capaz de conectar o poder e a simplicidade, senão Sarney no Brasil e Chavez na Venezuela.

Airton Gondim Feitosa