recebendo

Toda a quinta-feira ela tirava o varal do fogo.Chama as crianças como se fossem suas e fazia com que cantassem aos ventos doces.Sabia-se dela muito pouco.Tão pouco que ainda nem ela era ela, para o resto.Mas sabia ser ela, ela e fazia de conta que não era com ela.Tocava gatos de boca para os pequenos.Banhava os menores e fazia caricias aos maiores.Era assim que ela sentia a boca da vida.

Ela era linda, tão linda que ninguem nunca teve coragem de ver.

Gustavo Aguiar
Enviado por Gustavo Aguiar em 11/03/2013
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