O HUMANO E AS MÁQUINAS

Sábado, 2 de Março de 2013

O HUMANO E AS MÁQUINAS

A complexidade da vida é tanta que se alguém se propuser buscar todas as explicações que possam existir no comportamento de pessoas, por certo se desequilibrará mentalmente.

O interessante nisso é saber da existência de muitas que voltam-se na vida para este tipo de proposta. Ou seja: buscam estudar o comportamento alheio em todas as suas circunstâncias. Neste caso, é o que se pode considerar como um cientista.

A ciência que está aí à disposição da humanidade, nada mais foi (e ainda é e será sempre) do que estudos, pesquisas, analises e registros de fatos, acontecimentos e verificações no comportamento de pessoas, coisas, enfim, de tudo o que possa ocorrer na existência desse mundo que conhecemos, sendo que nestes últimos tempos a ciência anda buscando, de forma muito profunda, o que acontece no cosmo. Descobrindo à cada dia mais, detalhes e fatos que ainda não era do conhecimento da humanidade nesses assuntos. Este processo se deu de forma diletante por àquele que buscava estudar o funcionamento da própria natureza

Em geral, as pessoas que se voltam para o trabalho científico, fogem da rotina das demais. E, na maioria dos casos, passam a ser consideradas pelas outras como pessoas, no mínimo, deslocadas em seu próprio meio. Sendo que algumas delas são mesmo consideradas malucas ou desequilibradas.

Isso é de fácil explicação porque são poucas as pessoas que buscam pesquisar como a vida é, bem como querem saber como tudo acontece nesse mundo. Daí, há aqueles que se voltam na busca das múltiplas explicações para todo e qualquer acontecimento ou comportamento: de pessoas ou até mesmo de coisas. E foi a partir disso que a ciência se estabeleceu, criando registro de tudo o que essas pessoas pesquisaram, observaram, resolveram, inventaram e por assim adiante.

Num artigo já desenvolvido neste mesmo espaço, abordei sobre a possibilidade (e talvez a obrigatoriedade) de todas as pessoas terem comportamentos de cientistas, principalmente em suas práticas profissionais, buscando as indagações pertinentes aos movimentos em tudo aquilo que faz na execução de uma tarefa em todas as suas execuções.

Dentro dessa perspectiva, todas as ações executadas por qualquer pessoa, dará continuidade a todo e qualquer processo já existente, mas que a cada dia que se passar, mais informações serão ajuntadas e/ou agregadas às que já estão ao dispor da humanidade até aqui.

Para uma participação mais objetiva, produtiva, onde a qualidade e a eficiência se fizessem presentes sempre em seus trabalhos, haveria a necessidade (e a observância) de todos, no sentido de indagar-se a si, o porquê?, para quê?, como?, onde?, para quem? quando?... os processos de criação ou produção para se chegar a um produto final na qualidade de excelência, ou seja, sem retoques e quase isentos de falhas. Isso se aplicando à todas as ações perpetradas por um ser humano durante sua vida inteira.

Esta última abordagem dá margem à uma possibilidade extrema que pode ser considerada como pura utopia - um sonho - ou, ainda, o que denominamos como perfeição, daí cabendo dúvidas ou assombros pelo exagero de tal condição, em querer que o ser humano seja perfeito, nem que seja, só, na parte profissional, o que já é uma exigência que muitos poderiam considerar como descabida, não é?

Mas em se tratando de humanos, o que se verifica nesses dias atuais, é que a qualidade deles já está deixando a desejar em todos os sentidos. Daí que as dificuldades que surgem em nosso cotidiano já podem ser consideradas assustadoras, tais são as mazelas diárias com as quais nos defrontamos, já alcançando níveis de altos desequilíbrios com aquilo que todos nós queremos e/ou esperamos que sejam ou que existam.

A meu juízo, considero que a presença das máquinas, hoje, são fator marcante para explicar a queda da qualidade profissional das pessoas em nossos dias. Sabemos que nos tempos passados, a existência delas era muito menor, obrigando as pessoas a se esmerarem em suas execuções para efetuar suas tarefas profissionais, o que, hoje, já quase tudo é absorvido (e executado) pelas máquinas existentes ao dispor do trabalhador em nossos dias atuais.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 11/03/2013
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