Uma vida jogada no lixo

Não fui um fã do Chorão e da banda Charles Brown Jr, mas admiro o trabalho deles. Os caras tinham boas composições e eram até certo ponto uma parcela da boa musica em uma época de funk e arrocha.
Fiz um poema em homenagem ao Chorão e ao seu trabalho, não por ser um fã demasiado que estava emocionado com a morte dele, nem nada, mas por entender que é mais um talento que se perde, de uma pessoa que tinha muito mais para dar para o mundo e que infelizmente não soube usar a sua vida.
Chorão foi mais uma vez o retrato do que acontece com muitos dos nossos jovens todos os dias. Gente que procura emoção, aventura, aproveitar a vida e por isso parte cedo, alguns com obras que serão para sempre lembradas, outros da mesma forma que entraram, com importância apenas para seus progenitores.
Chorão tinha talento para ser um dos grandes roqueiros do Brasil. Tinha personalidade forte para ser um líder da nossa juventude, mas decidiu-se por ser o que eu chamo da figurinha transgênica de uma mídia corrompida.
O retrato que infelizmente muitas pessoas vão ficar do Chorão, não é das suas musicas, será daquele sujeito arrogante que destrata seu colega de trabalho em cima de um palco diante de uma platéia, ou aquele individuo furioso que agrediu outro musico em uma aeroporto.
Mais uma vez um individuo com talento prefere as drogas do que a historia, prefere o triunfo do momento do que a referencia da eternidade.
Não consigo entender como em um mundo onde a luz nasceu para todos, mas brilha para poucos, as pessoas perdem as suas vidas desta maneira torpe e sem graça, como foi a do roqueiro.
Chorão não é exceção. Cazuza por exemplo foi uma vitima das suas próprias extravagâncias, a diferença entre os dois é que a obra de um é eterna, enquanto a do outro ficará obsoleta num tempo que não existe mais.
Que pena que o Chorão preferiu as drogas e a uma vida louca, quando devia ter preferido a liderança de uma geração, a vida e o dom que Deus havia lhe dado.
Jonas Martins
Enviado por Jonas Martins em 11/03/2013
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