Questão de minutos (lei de Murphy)

 
Quase em cima da hora marcada, imaginei deixar meu carro em uma das poucas vagas diante do consultório ao qual me dirigia. Ao me aproximar do local, porém, vi que não seria possível, pois um motorista ao volante esperava alguém com o automóvel enviesado e ali não cabia nenhum outro veículo. Na rua estreita, sem poder parar, achei que aquele ‘alguém’ podia sair enquanto eu desse uma volta no quarteirão. E lá fui eu. Mas não deu certo, quando cheguei novamente ele ainda estava lá. Sem alternativa, fui até um estacionamento mais adiante e voltei caminhando. Quando cheguei em frente ao consultório, pimba, um casal acabava de entrar no tal carro que já se preparava para partir e só não deu marcha a ré porque eu vinha pela calçada. Apesar de lamentar a ‘coincidência’, ainda bem que não fiz cara feia, ao contrário, dei risada. O casal era gente muito querida, primos e amicíssimos de minha mãe, os únicos familiares da geração dela ainda remanescentes, e bem serelepes. Ele com noventa e três anos e ela com noventa e dois...