Educação. Por onde começar?

Constantemente escutamos falar sobre educação, sua importância para o desenvolvimento da sociedade e crescimento do indivíduo que se dispõe a, de fato, aprofundar seus conhecimentos, mantendo a constante busca pelo saber, aguçando sua curiosidade. Seguindo, assim, os passos de um dos grandes pensadores da história, “Um dos fatores que tem moldado a minha forma de viver é a constante curiosidade” (Burle Marx). Esta busca incansável torna o indivíduo mais assertivo, firme em seus projetos e menos propenso a viver marginalizado da sociedade por conta própria. Outro ponto que podemos destacar quando falamos em educação é um dito popular que afirma: “Cada escola que se abre é uma cadeia que se fecha”. Mas, até que ponto isso é verdade? Será que temos escolas capazes de realmente fechar uma cadeia? O que aprendemos no assento escolar tem sido suficiente para mantermos afastados da marginalidade, do crime, de tudo o que corrompe e torna a sociedade menos social e mais individualista?

Segundo afirma o saudoso jornalista Joemir Beting, temos uma vasta literatura de autores brasileiros sobre os retornos dos investimentos em educação, acumulando pó nas bibliotecas, que poderiam estar nas mãos de muitos indivíduos, para que se “servissem” a vontade de muitas informações. Através desta economia, segundo Joemir, pode-se promover a realização profissional e afirmação do novo homem na economia e na sociedade. Mas, com a literatura acumulando pó nas estantes das bibliotecas, dificilmente atingirá seu objetivo.

O estado tem construído escolas, financiado bolsas em universidades, aumentando recentemente para nove anos o ensino fundamental. Entretanto, o que tem feito para melhorar as condições básicas da população? De que adianta uma boa escola, se o indivíduo vai para lá com fome, sem segurança para andar nas ruas, muitas vezes tendo de caminhar grandes distâncias para chegar à escola, com salas superlotadas e professores mal remunerados.

O ideal seria que o estado, juntamente com as famílias, tivesse maior comprometimento com as questões básicas na formação do indivíduo. Quando citamos a família é para mostrar que não se deve esperar tudo do estado, mas sim ir em busca de soluções, de alternativas. Cada um deve ser responsável pelo seu crescimento e desenvolvimento dentro da sociedade. Sociedade esta que tem se tornado cada dia mais desafiadora; drogas, prostituição, corrupção, entre tantos outros, são os vilões desta luta.

Podemos concluir então que para se ter uma boa educação, tornando-a uma incansável busca pelo conhecimento e crescimento do indivíduo dentro da sociedade, precisamos de uma reformulação no ambiente familiar, resgatando valores esquecido as margens da sociedade, como muitos indivíduos que por lá vivem, aproximando o estado das famílias, para que juntos encontre soluções e alternativas que tornem a busca pelo conhecimento algo atrativo ao indivíduo, para que ele sinta-se valorizado pelo conhecimento que tem e não simplesmente pela extrato de sua conta bancária.

Brasil, acorde! A educação é a chave do crescimento.