"SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?"

Terça-Feira, 19 de Março de 2013"

SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?"

Na igreja católica no dia de hoje é festejado o dia de São José. Segundo a bíblia, este santo foi o pai representativo de Jesus Cristo. Haja vista que, como todos sabem, Maria concebeu do Espírito Santo para dar à luz o menino Jesus.

No nordeste este santo é muito festejado e respeito por muitos aspectos. O principal deles é o controle de um inverno positivo ou negativo no ano, desde que neste dia chova. Aí será prenúncio de um inverno positivo e tempos de chuva com mais quantidade no ano. E aí é que eles plantam o milho e o feijão para a colheita no São João, em 24 de Junho.

E as figuras de Jesus, Maria e José, são os exemplos de humildade para a humanidade. Mas se todos seguissem essa premissa, o mundo seria muito diferente do que é.

Com relação ao ser humano e seus comportamentos no cotidiano da vida, o que se observa são muitas nuances, sendo que a maioria delas podemos classificar como de cunho negativo, tantas são as mazelas que se cometem em nosso dia a dia. E a primeira delas, é fugir do aspecto da humildade, com certeza.

Principalmente nesses tempos modernos, o que se vê de gente com o nariz empinado por aí é um verdadeiro espanto. A começar pelo tempo em que o Brasil atravessou o que se chamou de anos de chumbo, quando os militares tomaram o poder, ficou muito conhecida uma famosa frase que chegou a virar um refrão, naquele tempo e no país: "Sabe com quem está falando?"

E daí para a frente, a coisa degringolou geral. É um tal de carteirada que é um espanto. Vê-se muita prepotência e arrogância em grande parte nas pessoas com o tal título de "doutor". E que isso fique muito claro pelo seguinte: muita gente que se diz doutor, nem o é. Não possui o doutorado, que é a condição que a pessoa adquire para se considerar um Doutor.

Aqui neste país, a pessoa por possuir um nível superior (ter cursado universidade ou faculdade) quase sempre acha-se a tal, não perdendo nunca a oportunidade de esfregar isso na cara de alguém que considere em nível inferior.

Isso se deu, provavelmente, porque até há bem pouco tempo, o acesso às universidades, era quase que exclusivo àqueles com condições financeiras estáveis (no caso os pais), mesmo em instituições públicas e só uns raros em situação inferior, conseguiam adentrar à faculdade e, com muito esforço (e talvez a ajuda de alguém bondoso), conseguia terminar o curso a que pretendeu encarar e cumprir.

Mas a imprensa com muita frequência costuma divulgar certos concursos por aí, onde mostra um despreparo acentuado na maioria dos candidatos que se sujeitam a encará-los, dando-nos conta dos absurdos dos resultados e das inúmeras besteiras que os mesmos colocam nas respostas das questões que lhes são apresentadas em tais provas.

Mas é necessário ressaltar também que não é o canudo universitário que dá a plena condição àquele que concorre a um determinado concurso (ou cargo) e que esteja realmente apto a desempenhar o serviço exigido nessa circunstância. Há a necessidade da pessoa ter um mínimo de prática profissional, para poder se achar ou considerar um profissional, em qualquer área.

E, infelizmente, na prática o que se vê mesmo, são pessoas presunçosas e pretensiosas (e às vezes até arrogantes) se considerarem alguém, mesmo não o sendo, porque não têm o pleno domínio daquilo que pensa ter. Mas o fator principal do início dessa assertiva fica flagrante: a falta de humildade.

Assim, observa-se um fato hoje, que não acontecia nos tempos idos (40 ou 50 anos atrás): passa-se vergonha com uma naturalidade enervante, hoje. A ponto de se poder dizer o seguinte: Já não se fica mais com a cara vermelha de vergonha, como antigamente.

às terça-feira, março 19, 2013 Nenhum comentário:

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 20/03/2013
Reeditado em 20/03/2013
Código do texto: T4199010
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