Na contra mão da vida
NA CONTRA MÃO DA VIDA
Eu havia prometido a mi mesmo em não falar mais em solidão, dar um basta nas lamurias, e de verdade enfrentar esse exercito de fantasmas, expulsá-los no tapa de meu coração. Mas, sei lá, eu me desencontrei de novo e perdi-me na floresta sombria. Uma cabana inexistente, mas confortável, com sala decorada com a sutileza dos sonhos primaveris, de uma janela faltante, coberta por uma cortina que tem as cores da vida e, um quarto arrumado, de cama vazia mas que clama por ti. A musica suave na voz rouca de Louis Armstrong cantando What a wonderful world, confesso que é demais para mim. Um final de semana a mais sozinho, e uma distancia infinita ou não que me separa de você. O meu carro repousa na garagem quando existem estradas a percorrer, que são tão reais quanto eu, como você, mas que nos fogem sempre às vistas quando empreendemos as nossas viagens pelo mundo dos sonhos e caímos das nuvens quando se rompem as pontes ilusórias que construímos... Felizmente, desabamos sobre camas suaves envidando uma nova aventura sonâmbula pelo mundo abstrato, enquanto não pegamos de verdade a estrada do encontro e possamos suportar a emoção ao tanto que os nossos sentimentos consigam superar os entraves que surgem além de nossas esperanças e que nos conduzam definitivamente ao ninho real, único e definitivo. Eu, você e um mundo novo a ser descoberto e, que a felicidade seja sempre a chuva de orvalhos da madrugada em cada novo amanhecer e que no ocaso o sol nos leve a descobrir juntinhos os encantos da noite a cada dia juntos desfrutando os sinais que sejam todos verdes, que não hajam abonações de transito para que dessa feita, mesmo na contra mão venhamos sempre a nos encontrar de verdade, novamente.