QUANDO APRENDEMOS A ANDAR

QUANDO APRENDEMOS A ANDAR

02/04/13

Outro dia estava me lembrando de meus filhos aprendendo a andar. Primeiramente era um engatinhar trôpego e vacilante para em pouco tempo se tornar ágil e firme. Aí eles se assentavam e faziam movimentos como que estendendo uma das pernas para ficar de pé e assim repetidamente. Com o apoio das frágeis mãos nas grades do berço ou do “chiqueirinho”, ficaram de pé. No chão com auxílio do andador ou sustentados por braços maternos, paternos e eternos, trocaram os primeiros passos. Soltos e incentivados por um bater de mãos dos “eternos” tentaram dar seus primeiros passos rumo a liberdade. Caíram no primeiro passo da primeira tentativa e chegaram as palmas que os incentivavam engatinhando. Caíram ao terceiro passo da segunda tentativa e engatinharam. Caíram ao sétimo passo da terceira tentativa e chorando engatinharam. Caminharam com um longo sorriso e se aninharam nos braços eternos. Caminharam com zombeteiro sorriso e desviaram. Caminharam com o olhar vazio e se afastaram. Caíram e se levantaram e não mais ouviram o bater das palmas das mãos dos braços eternos ofertados que o tempo fará ecoar no nosso eterno cair e levantar.

GERALDO CERQUEIRA