SÃO FRANCISCO E A ALMA DO GASTÃO
Conheci-o de passagem quando vinha á rua pelo amanhecer pachorrento como ninguém. De “poucas falas” tomava o ar das plácidas manhãs caminhando com passo cada vez mais lento e vasculhando frenéticos aromas que não tinha no lar esterilizado.
Os dias decorriam imperceptíveis e os degraus da casa iam ficando cada vez mais íngremes e penosos.
Os donos compreendiam-no tão bem! Há quantos anos! Desde provavelmente aqueles em corria doido de entusiasmo juvenil no quintal na praia e na rua.
A sua inocência passou no entanto com fulgor mas breve. A juventude é sempre curta.
Hoje alquebrado, trôpego, pesado, sempre pecou pela gula, entrou ao colo na viatura para onde antes pulava ágil e contente e partiu para a última viajem.
E eu fico nesta minha outra viajem com o mesmo fim, evocando entretanto imagens dessa vida que me espreitava de olhos aguçados como as orelhas, com a candura de quem espera a alegria eterna.
Também espero que a tenha por mão de S. Francisco, o santo que disse que o Gastão tem alma e é nosso irmão
Assim seja