AS DIFERENÇAS

Domingo, 07 de Abril de 2011

AS DIFERENÇAS

Diferença: esse termo pode ter várias interpretações. A primeira delas têm a ver com a matemática, subtração; a segunda com desigualdade; e ainda teremos outra, no sentido de uma rixa com alguém. Mas nesses últimos tempos, teem se usado, mesmo, para a segunda hipótese: desigualdade. Têm se apelado para a diferença de tratamento entre as pessoas.

Conforme os tempos passam, os conceitos morais, principalmente, vão se alterando de uma forma tão profunda, que de geração para geração, o que foi ensinado a uns, com o passar de uns vinte ou trinta anos, os da última geração não saberão e que foi ensinado aos da anterior. E assim se têm registrado nesse nosso cotidiano de vida.

Com relação à moral, houve tempo que um fio de bigode de um homem bastava para garantir sua posição num negócio ou transação, onde todos garantiam que aquele pequeno filamento humano era o bastante para assegurar a posição daquele que o cedia nessas oportunidades.

Mas a partir de um certo tempo, os critérios passaram a ser outros. No caso de um compromisso, já não havia muito o crédito do apalavrado. Ou seja: uma palavra já não bastava. Daí, adotou-se novo método, que se chamou: "o preto no branco". Isso consistia na assinatura de um documento (em uma folha branca com caneta de tinta preta ou azul).

Pela idade que tenho, ando pela casa dos sessenta anos, ainda vivi um bom período onde uma simples palavra bastava para firmar um compromisso. Por isto, uma citação ficou muito famosa com relação a alguém: "Uma pessoa de palavra". Não era necessário nenhum documento garantindo às partes. Numa transação (termos atuais), "naquela época", bastava o apalavrado das partes para garantí-la, simplesmente.

Mas com o decorrer dos tempos, atualmente o que se vê é que essas mesmas partes firmam compromisso, através de documentos previamente assinados e uma delas deixa de cumprir sua parte, não exercendo os termos do negócio (a transação), obrigando à parte lesada o recurso da lei. E a Justiça anda abarrotada de processos de todos os tipos, por descumprimento dos compromissos firmados por ambas as partes e onde uma não cumpre a parte que lhe cabe.

Mas a diferença dos tempos antigos para os modernos são muito mais profundas do que possam imaginar as pessoas desse nosso contemporâneo. A educação e o respeito estão muito a desejar nesses nossos tempos. Muitos critérios, também, passam longe dos que aprendemos há muito tempo atrás. E o pior se deu por tendências. Saiu-se de lado (pela tangência, como se diz) em coisas que "naqueles tempos" eram muito diferentes dos dias atuais. E a situação fica à cada dia mais grave e descabida.

Para sintetizar, citamos que o nosso país, para garantir certas propriedades voltadas para certas pessoas, criou leis exclusivas para garantir o direito de algumas classes de gente, o que é inteiramente fora de propósito, haja vista que um ser humano deve ser respeitado em sua essência, desde que nasce e até seus últimos dias.

Aqui, diferenciou-se por exemplo, velhos, mulheres, crianças, pobres, como se fossem pessoas exclusivas das outras. Daí que privilegiou-se essas classes de forma diferente das demais e, com isso, criaram-se as diferenças de tratamento entre todos, como se isso fosse possível e aceitável de forma normal. Quando, na verdade, a própria Constituição Brasileira em seu bojo, define que "todos são iguais perante a lei", não podendo haver diferença de tratamento entre nenhuma delas, brasileiras como o somos todos os que aqui neste país nasceram.

Penso que isto só se deu, porque esse nosso país foi, é e continuará um país de desigualdades e desrespeito às leis. Onde atropela-se a lei de forma absurda, sendo que os piores exemplos são daquelas pessoas que a representam e tivemos muitos casos nesses últimos tempos, onde presidentes do país desrespeitam a própria Constituição, como foi o caso do Sr. Lula em algumas oportunidades, e a imprensa mostrou isso por diversas vezes, quando ele era o presidente do país.

Enquanto o Brasil não alcançar o tão sonhado nível do chamado "primeiro mundo", muita coisa ainda teremos que passar. E, com isso, as diferenças ainda existirão. A nós, pobres mortais, só cabe rezar e esperar que tudo chegue ao seu devido lugar, o mais rápido que puder. E que não demore muito. É o que todos precisam.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 08/04/2013
Código do texto: T4229379
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