PEQUENAS MORTES

Nas brumas da inconsciência mergulha a mente, enquanto o corpo deita o cansaço e se refaz. Pequena morte vital para a matéria, liberdade para o espírito. Pequena morte, o sono alimenta o físico e a alma. Enquanto o corpo revigora o fluído vital tão necessário para a jornada do dia seguinte, o espírito aproveita que a guarda baixou e escapa sorrateiro para outras esferas do viver. Dessas vivências o sonho traz lembranças, acalentando a esperança e revitalizando os planos feitos. Essas pequenas mortes nos tiram momentaneamente do físico e nos dão um vislumbre da alma. Cada morte noturna nos dá uma pequena mostra da liberdade do ser quando no Plano espiritual. E o livre arbítrio, responsável por nossos atos na vida física, nos acompanha nessas escapadelas do sono e nos direciona na busca dos nossos afins. Enquanto o corpo descansa nessa pequena morte, estamos, mais vivos do que nunca, exercendo nossa vontade, buscando paisagens que iluminam a alma ou em queda junto aos viciosos e ignorantes que enxameiam o mundo astral. Nosso pensamento é um ímã que atrai o bem ou o mal. Se assim é quando acordados, assim o é quando parcialmente libertos pelo sono. A prova disso são as sensações físicas e mentais que nos assaltam ao abrirmos os olhos pela manhã. Alegrias ou tristezas, revigorados ou cansados, calmos ou agitados... são sensações que trazemos ao retornar dessas pequenas mortes diárias.

Giustina
Enviado por Giustina em 16/04/2013
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