Chorar, Chorão

Hoje,06 de março, tive que tomar alguns minutos da aula para dialogar com os alunos acerca da morte do vocalista Chorão, da banda Charlie Brown Jr. Uma perda irreparável para os vários fãs desta. Ao depara-me com alunos (as) querendo saber se a notícia não era enganosa, questionando como foi que aconteceu.

A morte do vocalista Chorão serve como reflexão, para refletirmos sobre o que os jovens têm feito de suas vidas! Ansiedades, angustias, entre outros distúrbios não os levam para um consultório (psicólogo, psiquiatra, os quais podem ajudá-los a entender o processo pelos quais passam, seja com ajuda de medicação ou não). Pois, para alguns ainda nos dias atuais, psicólogo, psiquiatra são para loucos.

Loucos! Louco ainda é quem acredita que pode dar conta de problemas emocionais, psicossociais sozinhos, se auto medicando, "se drogando". Isso sim é triste. Louco talvez seria ir ao show de uma banda e ouvir o vocalista reclamando de dores, de problemas emocionais, sentimentais...

Afinal, quem vai ao show não quer saber disso,e não é para isso, não quer ver o "Chorão" chorando, quer vê-lo sorrindo, cantando, saltando, para ser mais precisa.

E a saudade daqueles que ficavam, onde ele teve que deixar, para seguir viagem. No seu jatinho particular voar, voar... e rápido, pois um show ele tinha que dar. Mãe, pai, filho. Como ficavam? Certamente com muita saudade!

Ah! Quando sobrar um tempo na agenda se encontram. Agenda? Como agendar, se o comando, na sua mão deixa de estar?

É! Ser estrela é fazer brilhar! E o interior? será que brilha no mesmo batuque? Na mesma batida? Isso é válido para todos nós, que nos importamos com o nosso exterior e não conseguimos encontrar a saída em nossos labirintos interiores.Receita: a viagem. Viagem? Sim. Mas não para a Turquia, para Londres, para outros lugares onde o "nosso bolso" nos leva. Parafraseando Fernando Pessoa, "Viajar é preciso", mais esta acontece no aqui, no agora, conosco mesmo: A viagem interior.Temos que exercer o monólogo interior.

Dai ouvir alguém fazer graça: Morreu, é! Morreu sim, quem sabe a muito tempo, já estava sendo corroído pela mais forte, mais louca insanidade que algo possa causar, provar não tem como, mas os bochichos respondem, não é médico, não é especialista, é o povo. Sim... Aqueles que o acompanhavam. Apresentam o diagnóstico da causa mortis: foi loucura, loucura contra o que há de mais sagrado, muito precioso: A vida!

Cabe- nos agora, emitir pensamentos de luz, fazermos preces, orarmos, enfim para que ele encontre a paz!

Dicaccia
Enviado por Dicaccia em 18/04/2013
Código do texto: T4247929
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