QUE DEUS NOS PROTEJA, AMÉM

JÁ NA TARDE DE 21 DE ABRIL DE 2013

À falta, há muito, de direitos quaisquer ao “lá fora”, restam-me, de natureza, a imagem do Sol, a imagem do céu – sempre do mesmo ângulo – a imagem da Lua e das estrelas – sempre do mesmo ângulo-; a imagem dos prédios – sempre do mesmo ângulo – ; a imagem das pessoas nas fotos – cada foto sempre no mesmo lugar – ; os silêncios – sempre no mesmo lugar.

A PAINEIRA, EM SUAS QUATRO ESTAÇÕES.

A PALAVRA AINDA POSSÍVEL.

Leitores dirão: “Você tem muito, pode ver, pode enxergar esses todos tesouros. Pode escrever sobre isso.” E eu concordo: “ É verdade, amigos, vocês têm toda razão.”

Se ainda posso escrever, permitam-me estes versos que não são nada, além de tristeza:

Onde estão todos? Não o sei.

Todos longe, tão longe estrelas.

Onde estou eu? Não o sei.

Aqui, e não. Quem dera vê-las.

Que Deus proteja e prolongue as vidas, minha e de minha mãe lá no próprio quarto, a ver mais uma sessão do “vale a pena ver de novo”. Que Deus proteja e prolongue ambas as vidas, amém.

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