Artistas de Rua

O projeto Artistas de Rua surgiu no Rio de Janeiro, em 2007, como oportunidade para esses artistas se unirem, tendo ao alcance um canal de troca de experiências, além do contato direto com suas atividades. A iniciativa pioneira rompeu o espaço-distância para as manifestações populares e a arte do entretenimento. Dentro do www.artistaderua.com, cada artista tem seu próprio espaço no site para divulgação de sua história e trabalho. É uma forma de valorizar estes artistas de rua, fazer o registro das manifestações espontâneas de arte popular e mostrar um povo criativo e comunicativo acima de tudo.

Eles se apresentam nas mais diferentes áreas, são mágicos, malabaristas, desportistas, mímicos, músicos, entre outros. Fazem da rua o seu palco e, através de seus dons e talentos, alegram um pouco a vida de muitos que ali transitam. Ao final da apresentação, passam o “chapéu” para receber da plateia uma contribuição e assim viver honestamente. Quem não pode contribuir agradece com sorrisos e uma salva de palmas.

Esses artistas não necessariamente tratam a arte de rua como profissão. Na maioria das vezes, as gratificações que recebem pagam apenas a manutenção de seus instrumentos de trabalho, como saxofones, tintas para o corpo das estátuas vivas etc.

A arte no Brasil não é ainda valorizada e apreciada como devia. É muito comum a apresentação de teatro, de danças, concertos, em plena luz do dia, nas praças movimentadas das grandes cidades da Europa. As estátuas vivas são presença também de uma forma bem criativa. Sei de um grande artista divinopolitano que, quando foi à Itália, também tocava violão e cantava pelas ruas e o que não faltou foram cachês e aplausos.

Uma vez, meu filho e mais dois amigos, em viagem pela Alemanha, viram numa grande praça um palhaço ganhando a vida fazendo “sombra” de uma forma bem cativante. As pessoas achavam muita graça e as moedas, na época, o marco alemão, caíam no chapéu. Lúcio, Vagner e Tereca tudo registravam. E com o interessante palhaço também quiseram tirar uma foto. Lúcio que só falava francês e inglês ficou mais de longe com a máquina, Tereca e Vagner foram conversar em alemão com o palhaço. Pediram e o palhaço consentiu. O amigo falou alto para o meu filho: “Lúcio, pode vir!” E o palhaço repetiu num bom português: “Lúcio, pode vir!” Aí foi só risada! Sentiram-se em casa com aquele jovem brasileiro que explicou que o trabalho na praça como palhaço era o seu ganha-pão e com ele também custeava os estudos.

fernanda araujo
Enviado por fernanda araujo em 22/04/2013
Reeditado em 12/05/2013
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