Caminhos

Não sou psicóloga e nunca me ativei a caracterologia nem coisa parecida. Talvez tenha eu, alguma tendência para ser uma mera analista dos fatos que estão visíveis sem que se necessite de lupas e, até mesmo, os mais distantes.
Visões do mundo como um todo e de cada ser vivo que habita este planeta.
Sabemos por estudos ou por tantos outros meios que entre os trilhões de seres humanos, não há sequer duas pessoas perfeitamente idênticas, enquanto que nos outros reinos isso é bem comum, o que nos leva a supor ou acreditar que, de fato, somos privilegiados. Dizem os estudiosos do assunto que cada ser humano é um mundo a parte que devem girar em harmonia com os demais, já que pertencem a uma mesma galáxia humana cujo sol que os vivifica é Deus. Portanto, todo e qualquer descaso, relaxe, prepotência, arrogância e desamor poderá acabar em choques e, consequentemente, destruições irrevogáveis em prejuízo da fraternidade universal, da harmonia e da paz na terra. Um certo dia, por acaso, tomei assento num banco disponível em um lugar público e permaneci por algum tempo observando as expressões faciais dos transeuntes que por ali passavam. Foi então, que percebi através da janela de cada rosto, o que talvez por dentro esteja se passando: alegria, tristeza, preocupação, ansiedade, stress, motivação, solidão, etc. Os gestos informativos são os mais diversos; entretanto, há aquele olhar perdido no horizonte... sem palavras, sem expressão, são olhares silenciosos que manifestam, por vezes, inquietudes e interrogações...
Então, fiquei a pensar e a interrogar-me, no meu íntimo: “Meu Deus! O que estará procurando? Quais são as suas preocupações, suas frustrações?! Quais são seus sonhos, suas ansiedades, suas alegrias, seus júbilos?!”
E lá se vão, cada um buscando um destino, uma meta almejante...
E eu, sentada no meu tosco banco, com o meu olhar perdido nessa incógnita, sem ajudar em nada me ative em apenas imaginar: Tantos mundos a se cruzarem ou seguindo a mesma direção... cada um com seu ponto de partida e uma meta a ser atingida. Há, no entanto, os que nem isso têm e são como cometas que riscam os horizontes a esmo, sem rumo... sem destino até desaparecerem nessa complexidade que poderia se traduzir por efeitos da desigualdade: nasceram, não viveram a plenitude da paz e lentamente definharam porque não buscaram ou não lhes foi mostrado o pórtico em Deus que pode preencher os espaços vazios de amor e de esperanças e é porto seguro para viver-se em paz nesta galáxia humana e alcançar a porusia na mais completa realização: alegria, encanto e paz!



 
Juraci da S Martins
Enviado por Juraci da S Martins em 25/04/2013
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