A droga do século

Tudo começou por um pequeno descuido. Deixou-se levar pela onda de música sertaneja, sob a alegação de ser música “raíz”. Ouvia Zezé di Camargo e Luciano, Chitanzinho e chororó e outras do gênero. Não demorou muito para experimentar Gustavo Lima e Luan Santana. Como as músicas falavam só de coisas como pegar, agarrar, na cama, “no banheiro pra gente se beijar” e tudo mais, o adolescente adorou. Nessas alturas já não ia bem nas provas da escola, não conseguia escrever três palavras que tivessem sentido; mas como todos os seus amiguinhos estavam “nessa”, ele nem notou o estado em que se encontrava. Mal conseguia notas para permanecer na escola. Então o governo, por não saber como resolver o assunto, criou uma tal de aprovação automática para mascarar a coisa.

Com o passar do tempo, já chegando na idade da juventude, chegava ao cúmulo de viajar até à Bahia para assistir show de Axé e ir aos ensaios do Olodum; já estava roubando dinheiro em casa para resolver o vício. Andava com seu automóvel ouvindo essas músicas tão alto que já não conseguia ouvir mais ninguém. Alguns empresários, para aproveitarem a onda de desestruturação da cabeça de jovens, pois isso dava muito dinheiro, Montaram casas especializadas em drogar crianças e adolescentes e ainda chamavam de ”Pub”. Os políticos do país, por notarem que a força jovem estava desfalecendo, já roubavam descaradamente. Os empresários baixaram a qualidade dos produtos e aumentaram os preços e o caos foi estabelecido, mas nem isso eles conseguiam notar, pois muitos adultos também se viciaram.

Alguns educadores se reuniram pra tentarem descobrir uma maneira de conter esse ímpeto demoníaco da sociedade e salvar as crianças.

Levaram esse jovem para uma fazenda para fazerem uma experiência: começaram a administrar doses pequenas de Marina Lima, Ana Carolina, Zélia Duncan, Cássia Éler , mas o diabo ria de suas músicas. Foram obrigados a aumentar o dose para Djavan, Jorge Vercílio, Bossa-nova e já não sabiam mais o que fazer.

Agora já se tornou uma “doença ruim”, estão aplicando doses maciças de música clássica em uma espécie de “quimioterapia musical” para tentar salvar as crianças e o país.

Rezemos para que obtenham êxito.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 28/04/2013
Reeditado em 28/04/2013
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