DO DIREITO DE SER FEIO

DO DIREITO DE SER FEIO

(((Eu vi! Descrito tal e qual...)))

Sentada numa cadeira giratória, de frente para a entrada dos funcionários, ela se apresenta feia.

De frente: cabeça tipo cabeça de alho; cabelos ralos de cor entre o loiro e o castanho, cortados quase rentes ao casco da cabeça; orelhas de abano; ombros caídos; olhos pequenos, redondos e vivos típico de curiosos, tanto que via tudo que acontecia ao seu de redor e à frente; nariz aquilino e recurvo, tipo bico de tucano, e torto para o lado esquerdo; boca larga de lábios finos, onde se via vários dentes, parecidos com de ratos; queixo pontiagudo; pescoço fino e cheio de verrugas e rugas; busto franzino e achatado, como ovo frito; parecia que era canhota, pois o braço direito estava pendurado ao lado da cadeira, enquanto o esquerdo movimentava algo, como se fosse um mouse de computador.

De lado (perfil direito): cabeça ovalada, com uma protuberância na parte de trás, como se fosse cobrir a nuca; parecia estar ficando careca sobre a orelha; realmente, ombro caído; rosto com todos seus componentes tais quais vistos de frente.

De lado, como de frente, não se via abaixo da linha do umbigo. Estava sumida atrás do biombo da recepção.

Eis que ela se levanta e anda.

Surpresa!

Não é uma mulher; é um homem anão!

Mais feio do que se fosse mulher...

Feio não por ser anão, mas por ser feio de feiura inata...

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 29/04/2013
Código do texto: T4264814
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