A Didi com carinho

Não é pra mim que escrevo este texto. É pra outra Didi que nos faz companhia! Seu nome é Natalina, mas odeia o nome!

Ela sai de férias agora. Merecidas férias! E ei me pergunto: - Que farei sem a Didi?

Ela é a cuidadora do meu pai. E sempre me ajudando no que preciso.

Enquanto uns resmungam devido as mudanças na Lei Trabalhista, eu resmungo o que farei sem a Didi!

Companheira inigualável! Um ouvido apurado, que me escuta todos os dias.

O Ze Moura é um garoto um tanto teimoso, mas a voz da Didi ele obedece.

- Não quer comer? Vai comer sim senhor!

E lá vai ela colocando a comida na boca. Já disse em outro texto que herdamos uma pirraça que veio de longe!

- Não quer tomar banho? Vai sim senhor!

Nos finais de semana passa aqui na porta e pergunta? - precisa de alguma coisa lá de cima?

Sempre preciso!

E agora? Quem vai impor silêncio enquanto eu e papai dormimos à tarde?

Quem vai assumir o posto?

Não sei ainda. Difícil substituir a Didi. Por isso não reclamei dos novos direitos. Ela é um ser humano, que lida com humanos. E isso não tem preço! Medicamentos na hora certa, almoço, lanche, banho, ordens, organização.

Sinceramente, não sei o que farei sem a Didi. Mas a Vó Didi ficará aqui torcendo, pelo seu merecido descanso. Mas que o mês passe depressa, pois não sei mesmo o que farei sem minha amiga e companheira. Ze Moura não liga. Pra ele tanto faz! Um rodízio na família talvez pode ser a solução.

Vó Didi
Enviado por Vó Didi em 29/04/2013
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