DELINQUÊNCIA, UM MAL NECESSÁRIO!
 

Em conversa com uma autoridade policial sobre a violência que vem assolando o nosso país, este citou que a “delinquência era um mal necessário”. Fiquei perplexo com esta revelação. Comecei a concatenar as minhas ideias com relação aquele pensamento. Como entender a aceitação desta maleficência. A sociedade exposta vinte quatro horas ao desrespeito e violência que impera em todos os cantos do nosso habitat, sem saber a quem recorrer, uma vez que, as nossas autoridades impotentes ao poder de fogo que os delinquentes conseguem adquirir, não conseguimos imaginar qual a ação que deveremos adotar para aniquilar por completo esta situação. O desarmamento da sociedade reduziu a sua autodefesa. Por outro lado, os marginais aumentaram o seu poder de fogo. Quando somos importunados por um destes meliantes, seja num roubo comum ou num assalto a mão armada, a única coisa que fazemos, sem que haja resultados positivos, é registrar um Boletim de Ocorrência, e servir de gracejos por certos agentes policiais, como se eles fossem imunes a este tipo de ocorrência. Os nossos representantes no Congresso Nacional e no Senado nada fazem para reverter esta situação. E não poderiam. Se observarmos os delinquentes políticos que estão sendo processados por improbidade administrativa já nos mostram o quanto estão vulneráveis a criarem leis que penalizem, com mais rigor, os marginais que põem em desesperos toda a sociedade, e a eles que não merecem o respeito devido daqueles que acreditaram em suas promessas colocando-os em posição de destaque na política nacional.
Por outro lado, comecei a minha reflexão quanto ao mal necessário, e iniciei a minha observação quanto às pessoas que estão envolvidas neste contexto.
Visualizei que muitas são as pessoas que deste mal convivem. Imagine o que seria dos profissionais de Direito Criminal se não existisse delinquente. A policia tornaria uma instituição sem sentido. A profissão policial, como um todo, não existiria. Agentes de Presídios seguiriam o mesmo caminho da policia. Juiz, Promotor e Desembargador profissão extinta. Vejam que milhares de pessoas estariam prejudicadas se porventura fosse extinto a marginalidade em toda a sociedade, logo, a sua existência é compartilhada como todos que dela tiram proveito.
Diante do exposto, reflitam comigo!
Haveria interesse de exterminar, por completo, estes indivíduos do seio da nossa sociedade?
Será que a sociedade não os alimenta para que possam manter as mordomias dos grandes cargos que ocupam?
Mesmo que este mal seja necessário, espero que os poderes constituídos deem um freio nesta guerra violenta que estamos expostos e que a Segurança, Saúde e Educação se faça presente com mais comprometimento dos nossos governantes.
Acabar com a violência, com certeza jamais acabará porem, minimizar a um percentual mínimo só dependente da vontade de querer.
Leonel Farias
Enviado por Leonel Farias em 02/05/2013
Reeditado em 14/10/2013
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