Retratos de Uma Vida (4ª parte)

Como escrevi no texto anterior, os consultórios de psicologia e psiquiatria estão lotados com seus pacientes cheios de problemas. Buscamos as terapias para sanar as nossas dificuldades e a cura está em exatamente identificar em nós mesmos o motivo que nos leva a está ali.
É muito fácil alguém nos dizer que estamos passando por tal situação por este ou aquele modo de agir perante as situações da vida. Estresse, depressão, pânico, fobias (medos), ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, transtorno alimentar (compulsão alimentar, bulimia, anorexia), crises emocionais, crises familiares, crises    conjugais, timidez, insônia, esquizofrenia e outros tantos mais que desconheço os nomes. Sei apenas que são problemas que nos impede de viver a vida e deixar o outro viver.
Você terá o privilégio de saber em detalhes e alguem lhe dirá o caminho de como tratar suas situações emocionais. Saberá o porquê de suas dúvidas, angústias, medos e sofrimentos.
Outra coisa é descobrir por si mesmo esta dificuldade, ou este defeito. Assumir que é portador do medo, do egoísmo, da irritação, da intolerância, do perfeccionismo, da inveja, e de outros defeitos mais.
Reconhecer que esta dificuldade atrapalha o seu relacionamento em casa com a família, com os amigos, no trabalho.
Que esta dificuldade é quem torna a sua vida um verdadeiro inferno, porque você não consegue conviver em sociedade, as pessoas querem ver você pelas costas, em outras palavras você é o mala sem alça que ninguém suporta. Como pode ser dono de uma vida saudável se por dentro você se corroí, com raiva do próprio mundo que não o entende?
E neste ritmo a vida passa e você se torna a pessoa mais infeliz do mundo porque não existe uma só pessoa neste mundo que o compreenda.
E aos poucos foi desenvolvendo também a auto piedade e quando menos espera a sua auto estima está abaixo de zero..
Entendi porque não aceitei ficar naquela reunião da primeira vez. Ali eu tinha visto a minha imagem refletida igualmente um espelho e nada mais justo que no auge do meu desequilíbrio emocional que saísse correndo.
Na semana seguinte voltei ao grupo. Nas semanas seguintes também. Agora onde houvesse reuniões daquele grupo eu frequentava aos poucos eu começava a conhecer um pouco de mim. Mas isto era apenas o começo, era necessário ser sincera comigo mesma, aprender a fazer um relatório moral puro e sincero de mim mesma, assumir a minha fragilidade, buscar lá dentro de minha alma as mágoas, os ressentimentos, exercitar o perdão porque sem sombra de duvida dentro daquela sala tudo concorre para a saúde emocional.
Não é tarefa fácil identificar as próprias dificuldades. Aceita-las e reconhecer que é um portador de todas elas e querer ao mesmo tempo aprender a administra-las aprendendo que quando damos o primeiro passo em busca da cura, Deus pode sarar a nossa vida.

Emedelu
Enviado por Emedelu em 11/05/2013
Reeditado em 11/05/2013
Código do texto: T4284706
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