Mãe, Fonte de Paz

Maria, a nós dada como Mãe na cruz, cujo bendito ventre nos trouxe Jesus;

Mãe, bendito o teu ventre que me acolheu, teu leite que me nutriu e teu amor que me educou;

Irmã, que se doa e se torna mãe ao ajudar na criação dos filhos mais novos;

Mãe catadora de lixo, lavadeira, passadeira, arrumadeira, corajosa lutadora pela sobrevivência dos filhos abandonados pelo pai e pelo Estado;

Mãe professora, segunda mãe, duplamente sofredora e duplamente oferente;

Mãe parteira, que a serviço de Deus ajudastes a mim e a tantos virem ao mundo;

Mãe trabalhadora, que tudo quer fazer bem, para tantos que nada querem fazer;

Mãe que és espancada e que sofres todo tipo de agressão física e moral, e mesmo assim, depositas em Deus a fé e a esperança de dias mais suaves;

Mãe, que mesmo triste, ainda és capaz de sorrir para não entristecer teu filhinho;

Mãe, sinal de força e de paz, capaz de melhorar o mundo ensinando os filhos a dar bom dia, boa tarde, boa noite, a pedir a benção, a dizer obrigado e a pedir desculpas;

a respeitar a mãe dele e a dos outros, a professora e os colegas, aquele que não tem carrão igual ao seu, nem celular, aquele mais pobre e o menos inteligente;

a respeitar todas as pessoas, especialmente os idosos;

a ser fiel e a detestar a falsidade;

a agradecer pelo sorvete delicioso, pelo lanche caprichosamente preparado pela empregada doméstica;

a contemplar o firmamento e a pensar na grandeza e imensidade do Universo e em seu Autor amoroso;

a gostar do Sol, da Chuva, do orvalho, a maravilhar-se com as flores e a refletir com os espinhos, a ser carinhoso com as pessoas e com os animais, do menorzinho ao maior, do mais lindo ao mais feioso.

Mãe que mostras ao filho o Alvorecer e o Ocaso e o levas a refletir sobre as etapas da vida e, assim, a respeitar as outras crianças, os jovens, os adultos e, também e muito, os idosos; que mostras a ele a Lua maravilhosa em todas as suas fases e fa-lo-o entender que, apesar de não ter luz própria, ela beneficia a terra com o brilho e o romantismo da luz recebida de alguém maior, o Sol que aquece a terra. Mãe que mostras ao filho o arco-íris e explicas-lhe que os dois elementos nele presentes, a luz e a água, são componentes essenciais à vida, e que a rica variedade de cores aponta para o imprescindível respeito à rica diversidade humana e que, na antiguidade, era um sinal de aliança entre um Povo e seu Deus.

Mostras a ele a terra de onde brotam as plantas e onde vivem os animais e nós humanos, de onde nos vem todo o sustento, e o que devemos fazer para preservá-la, para nosso próprio bem; recomendas-lhe não poluir, não sujar o mundo, não desperdiçar, antes, a dividir o que tem com os que pouco ou nada têm, de modo a que a milagrosa multiplicação aconteça; a respeitar o choro alheio e a chorar junto se preciso for; a sorrir para a vida, a ser otimista, a crer em si e a acreditar nos outros; a dar passagem a alguém mais apressado, a ceder o assento a alguém mais decadente, a ajudar tirar do acanhamento aquele ou aquela colega mais retraída; a vibrar com a vitória do outro e a ter sempre coragem de persistir na luta, por mais difícil que ela seja.

Mãe capaz de apontar ao filho órfão ou ao abandonado que ele tem um Pai mais poderoso e mais amoroso do que qualquer pai no universo.

Rezo, hoje, por todas vocês que são para nós homens, exemplos de garra, força, carinho, suavidade, ternura, inteligência e acima de tudo, de AMOR.

Rezo, também, por você homem que, na falta da mãe, és capaz de dar aos filhos amor e carinho de mãe, tarefa, aliás, extremamente difícil.

MÃE, FONTE DE AMOR E PAZ!