O CÉREBRO E O AMOR

O CÉREBRO E O AMOR

O cérebro não fotografa bem para representar a paixão e o amor. Aquela massa cinzenta e disforme, mais parecendo uma reunião de vermes, não tem a miníma condição de simbolizar sentimentos tão especiais. A cor também não ajuda, o cinza está associado a tristeza e porque não dizer a morte. Tudo bem que podemos morrer de amor, mas não um amor cinza. O amor é escarlate, vibrante, violento, bate forte, talvez, como um coração. De qualquer forma, quem decide pelo ritmo da batida, pela intensidade do sentimento e pelo frisson que sentimos quando estamos amando, é o feioso, disforme, repugnante e cinza, cérebro, que por ser esperto, terceirizou o serviço a favor do coração, que ao ser flechado espalha o vermelho em todas as direções. Já imaginou receber uma caixa de presente com um cérebro flechado ? Nem é bom pensar!

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 18/05/2013
Reeditado em 18/05/2013
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