CASA OU LAR ?

(foto Internet)

 

Vou logo avisando que afanei o tema do bravo mosqueteiro Gilbertô, abordado em recente crônica, intitulada "Felicidade de Fundo".

Tentei comentar o trabalho, mas estenderia tanto a minha apreciação, que resolvi transformá-la neste texto.

Não sei se alguém já disse isto, mas acredito que eu mesmo o tenha feito; "O homem tem, não só o direito, como até a obrigação de procurar a felicidade". E quando falo em "homem", me refiro ao gênero humano. Certo, meninas?

Talvez apenas, e infelizmente, as mulheres tenham condição de suportar mais a adversidade, pois trazem em si o gene da renúncia absoluta, mais ainda quando mães. Porém, não se fiem muito nisso os marmanjos, pois tem mulher aí fatiando o respectivo e embalando tudo em sacos plásticos!

Desculpe, amigo, mas você está tão longe do bloco da "Felicidade de fundo", como eu de alçar aos céus e - muito mais ainda - dizer que tem, apenas, uma "vidinha", pois quem escreveu "Onde estás ?" - "Teu rosto" , "Vou voando" e "Apenas uma vez", dentre centenas de outras coisas bonitas, não se encaixa, de jeito e maneira, nessa categoria.

Comparo a tal "Felicidade de fundo" com aquela estória do diabolicamente inteligente cocheiro, que pendurou um cenoura na ponta de uma vara e a colocou frente ao seu pobre cavalo, que, assim, passou a perseguir seu quitute, sem jamais alcançá-lo...e foi puxando a carroça.

A felicidade é um estado físico/espiritual, que pode se manifestar com as coisas mais simples e terrenas, como, por exemplo, a vitória do seu time ou a engolfar todo a sua alma, como o amor em qualquer das suas formas.

Ninguém poderá pretender o Nirvana ou o Shangri-La, pois a felicidade plena e eterna iria acabar num marasmo insuportável; as rusgas domésticas são o tempero de um relacionamento normal.

O aparente conformismo de Bertrand Russell, talvez tenha sido realçado ,ou motivado, pelo estóico comportamento do seu pai, ao saber que a mulher o traia com o tutor de suas crianças - Freud explica!

Porém ele próprio (o Bertrand) casou 5 vezes, o que, para mim, é sinal inconteste de que ele estava procurando a felicidade (e não era, nadinha, nadinha, de fundo!). Alguém, malevolamente, susurrou em meu ouvido: - talvez ele estivesse procurando "no fundo".

De tudo o que foi dito, pela beleza da sua crônica, pela polêmica que, por certo, o tema poderá causar, ao invés de Bertrand Rusell, fico com o Caê e com você - "Ou não !".

 

(não deixe de ler o colega Gilberto Dantas)

 

 

 

paulo rego
Enviado por paulo rego em 23/05/2013
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