Há dias e dias. Eu sei.
Uns marcam nossas vidas, outros 
somente passam. Se não me incomodassem tanto os embaçados, inundados e sombrios, eu não perceberia os extraordinários e surpreendentes, clareados de Sol. Admito.
Ah, esses dias calados são tão inúteis! Sem nada a dizer, sorrateiros, somente querem fugir. Esses tais partem mesmo da gente, sem esperar que deles se faça alguma parte. E ficamos nos perguntando para onde foram todas as suas rotinas odientas, para onde despacharam todas aquelas malas vazias?
Acredito mesmo que, de tão perdidos e silenciosos, até nem saibam por que vieram ao mundo. Talvez façam número por aqui, ao contar (o tempo) ou fazer de conta (que os vivemos). Que vão embora! Pobres coitados, malfadados ao esquecimento.
Aluísio Azevedo Júnior
Enviado por Aluísio Azevedo Júnior em 11/06/2013
Reeditado em 06/08/2013
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